O concerto da banda insere-se no ciclo "Black Balloon" daquele discoteca, programado pelo radialista Pedro Ramos, e que tem contado, entre outras, com atuações especiais de artistas portugueses, a interpretarem álbuns alheios.

No caso dos Linda Martini, o repertório será apenas o da própria banda, mas com a presença de uma voz feminina, a de Gisela João.

Os Linda Martini editaram no final de 2013 o álbum "Turbo Lento", no ano em que completaram uma década de carreira. "Turbo Lento", terceiro álbum, equilibra duas facetas dos Linda Martini, a mais contemplativa, do pós-rock, e a da canção mais direta, marcada pelo punk, como disseram os músicos à agência Lusa, quando o disco saiu, em outubro.

Os Linda Martini, que integram André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais e Pedro Geraldes, surgiram há dez anos, em 2003, tendo editado um EP, homónimo, em 2005.

Seguiu-se o álbum "Olhos de mongol" (2006), os EP "Marsupial" (2008) e "Intervalo" (2009), gravado ao vivo, e o álbum "Casa Ocupada" (2010), uma discografia que os colocava no punk rock e no pós-rock em português.

Das onze canções de "Turbo lento", que inclui a instrumental "Ninguém tropeça nos dias" ou "Febril (tanto mar)" - com um excerto de uma música de Chico Buarque -, os três músicos escolhem "Juárez" como uma das que sintetiza bem o que o grupo anda a fazer.

Gisela João, que atua hoje na Casa da Música, no Porto, e no sábado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, editou no ano passado o primeiro álbum em nome próprio, homónimo, considerado pela crítica como o melhor disco de música portuguesa de 2013.

A fadista, que já foi vocalista dos Atlântida, não se remete ao universo do fado. Em 2012 atuou no Lux com o músico e produtor norte-americano Nicolas Jaar e participou no novo álbum da rapper Capicua, "Sereia louca", a editar este ano.

No âmbito dos concertos "Black Balloon", a discoteca Lux já acolheu concertos de Jens Lekman, Ed Harcourt e Tom Barman, além dos portugueses Minta & the Brook Trout, Julie & The Carjackers, You Can't Win Charlie Brown e Walter Benjamin, que recriaram ao vivo álbuns dos Beach Boys, The Beatles, The Velvet Underground e The Smiths, respetivamente.

@Lusa