Fazendo uma entrada diferente do habitual, foi do centro da plateia do Coliseu dos Recreios, que Jean Michel Jarre desejou uma "Boa noite, Lisboa", na passada sexta-feira. O compositor francês esteve em Portugal pela primeira vez para apresentar um novo "Oxygène", uma edição do seu primeiro álbum, lançado em 1976.


O espectáculo iniciou-se com uma breve explicação, traduzida para português, em que dizia que iria ter mais 3 músicos em palco: Dominique Perrier, Claude Samard e Francis Rimbert. Isto porque precisaria de oito mãos para tocar o repertório de "Oxygène", que tinha sido originalmente gravado em 8 pistas.

O palco estava coberto por uma parafernália de instrumentos e dispositivos electrónicos, incluindo teclados analógicos, que Jean-Michel fez intenção de tocar (exemplo de um theramin na foto em cima).

Embora sem raios laser, arrojados efeitos de luzes e uma estrutura de espelhos suspensa em cima dos músicos, permitiu ao público ter uma visão dos teclados de um ângulo pouco convencional. Agora com vários efeitos tridimensionais, o capa do disco com mais de 30 anos ganhou vida num fundo onde se viajava pelo planeta azul e por uma caveira, lembrando a importância que o ambiente representa para o multi-recordista do Guiness.

Mais habituado a grandes concertos ao ar livre e para audiências enormes,Jean-Michel voltou, no entanto, ao palco do coliseu por 3 vezes, ao som dos calorosos aplausos, para tocar mais um tema. Com um setup inteiramente dedicado ao novo "Oxygène", não se ouviram outros grandes hits que têm marcado a carreira deste quase sexagenário. Para a primeira vez em Portugal e num dia onde se comemorava uma revolução foi só pena não se ter ouvido pelo menos um célebre "Revolution".

Fotos e texto: Pedro Mendonça -
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