Considerado como WorldMusic, as suas músicas são uma mescla de ritmos e sons de outros mundos. Em particular neste álbum, podem-se ouvir sonoridades que viajam de Cuba a África, e passam ainda pela Índia, deixando sempre um gostinho de diferentes culturas.

Foi na atmosfera relaxada do Maus Hábitos que o cantor siciliano percorreu vários temas do novo álbum.

O concerto começou por volta das 23.00h com um público reduzido que foi gradualmente aumentando. À medida que cantava e encantava com as suas histórias de lugares e paixões aleatórias, notava-se o acolhimento que o público lhe dava. Entre olhares atentos, pés que se abanavam ao ritmo das música e mãos a bater nas pernas, a música de Fabrizio Cammarata enchia a sala com a sua voz rouca, a guitarra e uma pandeireta.

O alinhamento começou com Down Down, música de sons intensos, e passou por Myriam, Me and the rain, Alone and Alive, single de apresentação e Mysery. Antananarive, single do primeiro álbum, também fez parte do concerto.

Na tranquilidade do concerto, em tons escuros e vermelhos, Fabrizio cantou La llorona de Chavela Vargas que lhe valeu um grande aplauso do público espanhol. Sem microfones e amplificadores, cantou Sophie, música que conta a história de uma poetisa que cometeu suicídio.

O concerto terminou com o usual retorno ao palco de Fabrizio Cammarata.

Um senhor do mundo e um apaixonado por lugares, esperemos que Portugal o tenha marcado, e que o retorno esteja nos seus planos.

Isabel Cortez