Doze anos depois de anunciarem o fim Jay, Pacman (que o público agora conhece como Carlão), Virgul, Guilhas, Quaresma e DJ Glue juntaram-se em 2022 para um concerto no NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés. E, inicialmente, seria o único. Mas o entusiasmo do público levou a que a banda se voltasse a juntar, agora para um concerto a norte.
Esta sexta-feira, 14 de julho, os Da Weasel foram os cabeças de cartaz do MEO Marés Vivas. O primeiro dia do festival de Vila Nova de Gaia foi totalmente dedicado à música portuguesa e contou com Jorge Palma, Slow J e Os Quatro e Meia no palco principal.
Pouco depois das 23h30, os fãs da ‘doninha’ concentraram-se junto ao palco MEO para embarcar numa viagem no tempo. A história dos Da Weasel é conhecida por quase todos e a discografia do grupo (seis álbuns de estúdio, dois álbuns e DVD ao vivo e um EP) marcou a música portuguesa e as canções continuam a ser entoadas por várias gerações.
No MEO Marés Vivas, tal como os músicos tinham avisado, o concerto contou com um alinhamento mais completo - os Da Weasel foram os últimos a subir ao palco MEO no primeiro dia do festival e, por isso, contaram com mais tempo para celebrar com os fãs.
Com recinto totalmente lotado, Jay, Carlão, Virgul, Guilhas, Quaresma e DJ Glue subiram a palco com toda a energia e foram recebidos de braços abertos pela multidão - para muitos, era a primeira vez que estavam num concerto dos Da Weasel.
Tal como há um ano, a banda apostou num alinhamento que viajou entre temas muito populares e canções que só os verdadeiros fãs conhecem. A abertura foi com "Loja (Canção do Carocho)", "Essência", "Força" e "Dúia", que garantiram um arranque com total energia.
"Obrigado, obrigado, pela receção calorosa. O norte nunca falha", celebrou Virgul. "Já tinha saudades da doninha a rockar cá no norte. (...) Esta noite do MEO Marés Vivas só com tugas esgotou, porra. Viva a música portuguesa e viva a vocês. Muito obrigado por nos acompanharem neste 'carrossel'", acrescentou Carlão e o público provou partilhar do mesmo sentimento.
O clima de festa continuou com "Jay" e "Carrossel", mas foi em "Dialectos de Ternura" que se viveu o primeiro momento de grande comunhão entre o público e a banda. A viagem ao passado seguiu com "Bomboca", "GTA", "Casa (vem fazer de conta)", tema com Manel Cruz, "Mundos Mudos" e "Niggaz".
Tema após tema, o público celebrou todos os momentos com total energia e arrancou sorrisos à banda. "Se não é tão bom como sexo, está lá perto", brincou Carlão.
Com a multidão em total adrenalina, a energia continuou elevada com "O Puro", "Outro Nível", "Pedaço de Arte" e "Mata-me de novo". Para o início da reta final, os Da Weasel apostaram em "Bora Lá Fazer a Puta da Revolução”, “Toda a gente” e “Toque-Toque”.
Antes do primeiro 'adeus', a banda levou a multidão à loucura (como seria de esperar) com "Re-tratamento" e todas as vozes se fizeram ouvir com considerável eco.
"Só mais uma, só mais uma", pediram os fãs e Jay, Carlão, Virgul, Guilhas, Quaresma e DJ Glue não hesitaram. No regresso ao palco, a banda serviu "Adivinha quem voltou", "Selectah", "God Bless Johnny", "Tás Na Boa" e "A Palavra".
Com um alinhamento mais completo, no MEO Marés Vivas o Da Weasel foram os reis da primeira noite da edição de 2023 e mataram (quase todas) as saudades dos fãs. Mais concertos no futuro? Ninguém sabe, a única certeza é que serão sempre bem recebidos.
Comentários