"É lamentável proibir a bandeira que é a bandeira de todos os membros da União Europeia (UE) e de outros membros do Conselho da Europa que participam no concurso e que muitas vezes é hasteada ao lado das bandeiras nacionais em edifícios públicos", disse hoje à agência de notícias espanhola EFE o porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer.
No sábado, a final do festival - marcado politicamente pela participação de Israel, no contexto da ofensiva militar contra a Faixa de Gaza -, os organizadores impediram membros do público que assistiam à final em Malmo (Suécia) de entrarem com a bandeira da UE no recinto onde decorria o concurso.
O porta-voz afirmou que a Comissão Europeia não conhece as razões que levaram os organizadores a tomar esta decisão, pelo que Bruxelas não pode estabelecer que a proibição da bandeira está "relacionada com outros acontecimentos".
Um conselheiro do partido ALDE (Aliança Liberal dos Democratas para a Europa), Dorin Frasineanu, (natural da Moldova) queixou-se nas redes sociais, de que lhe tinha sido recusada a entrada na final do festival com a bandeira da UE.
"A segurança (do concurso) disse-nos que (a bandeira) era 'política' e 'não permitida' - como é que a União Europeia de Radiodifusão pode proibir a bandeira da UE no maior evento da Europa?", questionou.
O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo European Lifestyle, o grego Margaritis Schinas criticou a decisão dos organizadores do concurso, referindose ao incidente que envolveu o conselheiro do ALDE.
"O festival da Eurovisão é, antes de mais, uma celebração do espírito europeu, da nossa diversidade e talento europeus. A bandeira da UE é um símbolo disso mesmo. Com as eleições europeias a menos de um mês, não deve haver obstáculos, grandes ou pequenos, para celebrar o que une todos os europeus", afirmou.
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