Depois de um primeiro dia em que o nevoeiro tapou o sol, este sábado, dia 20 de julho, os festivaleiros cantaram à chuva no MEO Marés Vivas. Apesar do tempo não combinar com o verão, ninguém quis ir para casa e todos tentaram improvisar capas para a chuva com os brindes que são oferecidos pelo recinto.

Mas, depois da hora de jantar, a chuva deu tréguas. Ben Harper teve a missão de fechar o segundo dia do MEO Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia. O músico, que se estreou no festival há 14 anos, subiu ao palco principal do festival perto da meia-noite e contou com uma recepção calorosa - a relação do artista com Portugal já é longa (começou em 1996 e o norte-americano já deu mais de 20 concertos em solo nacional).

Como sempre, Ben Harper subiu ao palco MEO com o seu gorro e um grande sorriso. Aos primeiros acordes, o multi-instrumentista convidou todos os festivaleiros a entrarem no seu mundo e a embarcarem numa viagem pela sua carreira, que conta já com mais de 30 anos e 16 discos.

BEN HARPER
BEN HARPER créditos: BRUNO FERREIRA

O alinhamento do concerto no MEO Marés Vivas contou com temas dos vários álbuns do norte-americano, com “Below Sea Level”, single de “Bloodline Maintenance”, de 2022, a marcar o arranque da noite. A multidão fez silêncio para ouvir o músico, que se afastou do microfone e saltou a sua voz, sem rede.

“Diamonds On The Inside”, canção que celebrou 20 anos em 2023, foi a primeira a convidar o público a soltar as vozes. A celebração de Ben Harper continuou com temas como “Burn To Shine”, “Don't Give Up on Me Now”, “Finding Our Way'” ou a popular “Steal My Kisses”.

Sempre próximo do público, o artista também não deixou de fora "Walk Away”,  “Waiting On An Angel", “She's Only Happy In The Sun”, “Burn One Down”, “Say You Wil” ou “With My Own Two Hands". Para o final, Ben Harper trouxe “Boa Sorte”, tema que gravou com a brasileira Vanessa da Mata.

Ao longo da noite, a cumplicidade entre Ben Harper e o público foi total. No final, só sorrisos espalhados pelo MEO Marés Vivas.

Baladas e juras de amor com James Arthur e Rag'n'Bone Man

JAMES ARHTUR
JAMES ARHTUR créditos: BRUNO FERREIRA

Antes da viagem de Ben Harper, foi a vez de James Arthur aquecer os corações em Vila Nova de Gaia. O músico tem também uma grande ligação com Portugal - por exemplo, em 2023, o britânico subiu ao palco do Festival Authetica, na Altice Fórum Braga, e atuou na gala dos Globos de Ouro da SIC.

No MEO Marés Vivas - casa que conhece bem -, o músico apresentou todos os seus sucessos radiofónicos. “Blindside”, "Impossible", "Naked" e "Say You Won't Let Go" foram a banda sonora perfeita para a noite fresca em Vila Nova de Gaia. Pelo meio, James Arthur apostou ainda numa versão de "A Thousand Years", de Christina Perri.

Durante uma hora, o britânico aqueceu os corações na noite fria em Vila Nova de Gaia. Apesar de ser uma presença habitual nos palcos nacionais, é sempre uma aposta segura e vencedora - todos os festivaleiros, mais ou menos fãs, cantam com ele.

Às oito da noite, foi a vez de Rag'n'Bone Man - apesar da chuva, os festivaleiros não faltaram ao concerto. O cantor e compositor inglês, que se estreou em Portugal em 2018, no NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, também trouxe todos os seus hits até ao MEO Marés Vivas.

"Skin", “Lovers in a Past Life", "Crossfire", "Human" e "Giant" foram as canções mais celebradas pelos festivaleiros.

MARISA LIZ
MARISA LIZ créditos: BRUNO FERREIRA

Este sábado, o palco MEO foi inaugurado por Marisa Liz. A artista portuguesa trouxe ao festival o seu álbum “Girassóis e Tempestades”, editado em março de 2023, e o EP "Mensagens de Amor". 

Para o concerto no MEO Marés Vivas, a cantora convidou a sua filha, Beatriz Oliveira, e um grupo de drag queens. No final, a cantora conversou com o SAPO Mag - veja aqui a entrevista.

No segundo dia, durante a tarde, Moche Stage recebeu Soraia Tavares. Já às 23h00, foi a vez de porto-riquenho Pedro Capó fazer a festa no palco, com temas como "Calma" ou "Tutu". 

O final do segundo dia do MEO Marés Vivas ficou a cargo dos Insert Coin.

A 16.ª edição do Marés Vivas encerra com a banda escocesa de rock alternativo Snow Patrol, que também se estreia neste festival, tal como Louis Tomlison, que fez parte dos One Direction.

Além destes artistas internacionais, o terceiro e último dia do festival contará com a presença no palco principal dos portugueses Ornatos Violeta, que já por aqui atuaram em 2019, e António Zambujo com as músicas “Pica do 7” ou “Lambreta”.

Os artistas Rúben Branco, Diana Castro, Mundo Segundo & Convidados ou Jura preenchem, neste dia, os restantes palcos espalhados pelo recinto.

Ao longo dos três dias haverá, às 19h00 e 1h15, a atuação da Orquestra Bamba Social, grupo do Porto que apresenta trabalhos autorais e revisita clássicos da música brasileira a que acrescenta sonoridades de outros estilos como jazz, funk e hip-hop.

Durante o Marés Vivas, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) vai disponibilizar um serviço vaivém que, entre as 16h00 e as 4h00, fará a ligação entre os Aliados (Porto) e a entrada do recinto.

Com início na baixa do Porto, os autocarros afetos a este serviço especial passarão pela ponte do Infante, rua Conselheiro Veloso da Cruz e Quinta do Fojo, num total de 20 paragens até ao destino.

Os horários dos concertos, bem como outras informações sobre o festival, estão disponíveis online em https://maresvivas.meo.pt/pt.