A banda norte-americanaactuou ontem no Pavilhão Atlântico, em Lisboa,e encheu as medidas da sala e do público com um espectáculovibrante.
Os 30 Seconds to Mars traziam como cartão-de-visita o álbum “This is War”, lançado no final de 2009, mas era inevitável a revisitação de “A Beautiful Lie”, que lhes granjeou boa dose de popularidade em solo nacional.
Depois do aquecimento proporcionado pelos portugueses More Than a Thousand, o conjunto de Los Angeles entrou para uma grande noite, que durou quase duas horas. O tom mais épico e combativo do último registo adequava-se na perfeição ao palco e os 30 Seconds to Mars souberam explorar isso de forma inteligente. Sempre muito comunicativo e bem-disposto, Leto convidou o público a entrar na sua ‘guerra’ e ninguém se fez rogado.
A recordação de “A Beautiful Lie” foi servida logo de início para se instalar pouco depois uma atmosfera festiva, com gigantes balões vermelhos a caírem sobre a assistência. Além de actor e cantor, Jared Leto dava provas de ser um bom mestre-de-cerimónias, brincando e elogiando os portugueses. E de tal forma convidou as 18 mil pessoas a cantar e saltar, que em algumas canções acabou por ter um papel mais secundário.
Entre o ambiente de euforia, em que “Closer to the Edge” foi o expoente da união entre banda e público, houve um ‘intervalo’ intimista, assumido a solo por Jared Leto em tom acústico, onde desfilaram “From Yesterday”, “Alibi” e uma versão inspirada de “Bad Romance”, de Lady Gaga, que se voltava a ouvir no Pavilhão Atlântico pela segunda vez no espaço de uma semana.
Por esta altura, já Leto corria o cenário minimalista com uma bandeira nacional nos ombros, intitulando-se o “super-homem português”. A fazer jus ao epíteto, voou pouco depois para cima dos fãs em frente do palco ao som do emblemático “The Kill”, um dos momentos altos da noite.
Para o encore ficou guardado o polémico “Hurricane”, cujo videoclip foi exibido antes do concerto na sua versão censurada, devido às cenas de cariz sexual. A ausência de “Kings and Queens” no alinhamento abria a expectativa para o seu encerramento. Dito e feito, com pompa e circunstância. Jared Leto escolheu a dedo dezenas de fãs para se juntarem a ele no palco e fechar a noite em apoteose. Depois da promessa de um regresso em breve a Portugal, o vocalista empunhou uma tarja trazida por um dos fãs onde se lia “This is a cult”. Culto ou não, a comunhão entre os 30 Seconds to Mars e o público mereceu todos os aplausos.
Videoclip de "Hurricane":
Videoclip de "Closer to the Edge":
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