Se Evangeline Lilly não gostar do que está a ouvir... não consegue disfarçar.

A atriz está de volta aos cinemas com “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”, mas houve duas propostas para se juntar mais cedo ao mundo dos super-heróis antes de aceitar ser Hope van Dyne e a Vespa no Universo Cinematográfico Marvel.

No mais recente programa do podcast Happy Sad Confused, Lilly revelou que, após o fim da série "Lost" e durante a rodagem do filme "Puro Aço" no verão de 2010, Hugh Jackman (Wolverine) foi o intermediário do interesse dos responsáveis pela saga "X-Men", que não conseguiam falar com ela.

A resposta não tardou: "Não. Isso não me interessa. Não estou interessada".

"Fiquei do género 'Sinto-me uma parvalhona tão grande porque estou a falar com um X-Man. O X-Man! E estou a dizer-lhe 'Não, isso não me cativa. Tipo, o quê?!’ Senti-me tão mal educada", recordou.

Paul Rudd, Kathryn Newton e Evangeline Lilly em "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania"

Mas ainda antes chegou a oferta para ser a Mulher-Maravilha, através do realizador Joss Whedon, no auge da popularidade com as séries "Buffy, A Caçadora de Vampiros" e "Angel", e que faria mais tarde "Vingadores" e "Vingadores: A Era de Ultron" para a Marvel.

Do encontro entre os dois, "acho que minha impressão, saindo daquilo, foi que não tinha vontade e ele conseguiu perceber".

O projeto nunca chegou a avançar, mas a atriz diz que era "demasiado nova para ser tão educada" ao ponto de, pelo menos, fingir que estava interessada na ideia.

"Não cativou e não houve nada sobre a reunião que me entusiasmasse ou me fizesse pensar 'Tenho que fazer isto'. Nada funcionou. Nada parecia bom. Sou demasiado genuína para o meu próprio bem. O que não é bom. Se não ficar impressionada, isso percebe-se. E, por vezes, talvez fosse melhor não perceber", reconheceu.

Joss Whedon caiu em desgraça em Hollywood após virem a público em 2020 histórias do seu alegado comportamento abusivo em relação aos atores Ray Fisher e Gal Gadot durante a rodagem de "Liga da Justiça" (2017). Posteriormente, surgiram outras denúncias de atores e pessoas que trabalharam em "Buffy" e "Angel", que apresentaram um perturbador perfil misógino de quem fora aclamado como um "ícone do feminismo em Hollywood".

Mas logo na altura, Lilly diz que sentiu que o realizador "se sentiu ofendido" com a rejeição.

"Não me importei com isso. Não me importava com queimar pontes. Não me importava de não ter toda a gente em Hollywood a querer trabalhar comigo. Sempre tive que fazer o que parecia certo para mim. E, honestamente, não gostava dos filmes de super-heróis e essa é a principal razão que me fez sentir, em ambos os casos, que não sabia o que ganhava com isso", rematou sobre as dias propostas.

A atriz reconhece que "muitas vezes fui bastante crítica deles. Do género de ser conhecida por gozar com eles e tratá-los como formas inferiores de entretenimento até aparecer a Marvel".

Só mudou de ideias quando o agente lhe disse para, em vez de só dizer mal, ir ver um filme.

"Quando fiz isso, pensei 'Ah, estão a fazer algo muito diferente e muito giro", concluiu.

A ENTREVISTA COMPLETA.