«Esperei muito tempo para encontrar algo com substância e realidade. Quero fazer um filme que diga algo importante sobre a condição humana, e mesmo que só um número reduzido de pessoas o veja e sinta o seu impacto e a sua mensagem anti-guerra, então terei feito algo importante e orgulhar-me-ei disso». Estas declarações do realizador finlandês
Renny Harlin à «Variety» à propósito do seu próximo filme, um drama sobre o conflito na Ossétia do Sul, têm subjacente uma reviravolta na obra anterior do cineasta, feita de filmes de acção explosiva e terror visceral.

Na década de 90, Harlin assinou fitas musculadas de orçamento generoso e grande sucesso como
«Assalto ao Aeroporto» e
«Cliffhanger – Assalto Infernal». Contudo, após o esmagador fracasso comercial de
«A Ilha das Cabeças Cortadas», em 1995, só muito raramente voltou a encontrar o êxito de bilheteira. Apesar de sucessos modestos como
«A Profissional» e
«Perigo no Oceano», a maioria do que dirigiu a seguir foram fracassos absolutos, que nem estrearam comercialmente em muitos países, como
«Corrida Alucinante»,
«Caçadores de Mentes» ou
«Cleaner».

Daí que o novo filme de Harlin vá ser uma produção de orçamento muito reduzido, a ser rodada a partir de meados de Setembro numa zona perto daquela onde o conflito teve lugar em Agosto do ano passado. Ainda pouco se sabe sobre argumento, além de que gira em torno de dois jornalistas que se vêem apanhados no meio do conflito na Geórgia e lutam com a necessidade de serem imparciais.

Harlin sublinhou que o argumento, que recebeu há apenas duas semanas, «é uma grande história humana, com um subtexto trágico e sério. Vi-o como uma oportunidade de usar a minha experiência em filmes de acção para contar a história de um conflito complexo, numa película que é imparcial mas marca uma posição forte contra a guerra».

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