Como diriam os fãs, não são os anos, é a quilometragem...

O próximo filme "Indiana Jones" e a despedida de Harrison Ford, realizado por James Mangold, será o mais longo da saga, seguindo a tendência de cada vez mais super produções de Hollywood, que vão 150 minutos às três horas.

Depois dos 192 minutos de "Avatar: O Caminho da Água" e os 169 de "John Wick: Capítulo 4", a duração de "Indiana Jones e o Marcador do Destino" ficará à volta dos 142-143, confirmou a presidente da Lucasfilm, que não escondeu que isso foi um tema de grande debate nos bastidores.

Os filmes de Steven Spielberg ganham na comparação: "Os Salteadores da Arca Perdida" (1981) tinha 115 minutos; "Indiana Jones e o Templo Perdido" (1984) acrescentava três minutos; "Indiana Jones e a Grande Cruzada" (1989) chegou aos 128; e "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" ficou pelos 122.

"Direi que os primeiros filmes eram mais curtos. Tinham menos de duas horas e 15 minutos. E conversámos bastante sobre isso... Mas como se sabe, em relação à duração tem tudo a ver com o que se sente, não é verdade? Portanto, se se está a ver um filme e parece longo...", disse Kathleen Kennedy ao Collider à margem da "Star Wars Celebration 2023", que terminou esta segunda-feira em Londres.

Mas a produtora da saga garante que "não estamos a lidar com um filme longo" e recorda que os hábitos estão a mudar e os fãs da cultura popular habituaram-se a ficar mais tempo à frente do ecrã.

"A razão para isto ser interessante é porque a narrativa de formato longo é algo que gostamos no streaming. Portanto, pode ser uma espécie de transferência disso", explicou.

O que não quer dizer que a veterana de Hollywood não esteja a sentir dificuldades a acompanhar: "Este ano houve tantos filmes de três horas ou mais que senti que não estava a conseguir fazer trabalho nenhum só a tentar vê-los!"

A ação de "Indiana Jones e o Marcador do Destino" decorre em 1969, com a corrida espacial em pano de fundo e Indiana Jones à beira da reforma e "desconfortável" com o governo dos EUA, no seu desespero para derrotar a União Soviética na competição para chegar à Lua, a recrutar antigos nazis, os seus inimigos da Segunda Guerra Mundial.

Existe também um prólogo em 1944 (com Ford rejuvenescido graças à tecnologia) que apresenta Jurgen Voller (Mads Mikkelsen), o antigo nazi décadas depois a trabalhar na NASA, onde continua a querer tornar o mundo um lugar melhor... de acordo com as suas convicções.

No elenco destacam-se ainda Phoebe Waller-Bridge como Helena Shaw, afilhada de Indy, e Antonio Banderas como Renaldo, um amigo de Indy, e o regresso de John Rhys-Davies como Sallah, este um amigo de longa data e outras aventuras do arqueólogo.

A estreia nos cinemas está anunciada para 30 de junho.

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