A caminho dos
Óscares 2025
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"Estou extraordinariamente feliz", disse à agência France-Presse o realizador francês Jacques Audiard após bater com "Emília Pérez" o recorde de nomeações para um filme não falado em inglês nos Óscares.
A odisseia musical sobre a transição de género de um traficante de droga mexicano recebeu 13 nomeações na quinta-feira, superando assim "O Tigre e o Dragão" (2000) e "Roma" (2018), que anteriormente detinham este recorde com 10 nomeações.
“Estou muito feliz, principalmente porque queria que as atrizes fossem nomeadas”, declarou por telefone o cineasta de 65 anos, poucos minutos antes de embarcar para Montevidéu (Uruguai), onde continua uma viagem promocional.
A atriz transgénero espanhola Karla Sofía Gascón, revelação do filme, está nomeada para o Óscar de Melhor Atriz, enquanto Zoe Saldaña concorre para Melhor Atriz Secundária.
“Conheci os Óscares há muito tempo, na época de ‘Um Profeta’”, nomeado há 15 anos para o então Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, recordou.
“Mas não foi a mesma pressão”, acrescentou.
Agora, com a dupla nomeação para Melhor Filme e Realização, “temos que fazer uma campanha muito sólida”, declarou.
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Na categoria de Melhor Realização, Audiard concorre com uma compatriota, Coralie Fargeat, por “A Substância”.
“É um fenómeno bastante curioso, estes filmes franceses como o meu e o da Coralie, que estão na competição”, disse.
“É um cinema mestiço, pergunto-me se não é uma tendência esta vontade de fazer filmes com elementos linguísticos, atores e objetos particulares diferentes”, destacou.
Também rejeitou a polémica em curso no México, onde alguns denunciaram, ainda antes do lançamento do filme, a imagem que daria do país e o problema do tráfico de drogas.
“Há quem viu o filme e quem não viu”, declarou.
"As minhas intenções parecem-me virtuosas, mas noto aí um problema.", reconheceu.
“Pode-se optar por não falar de tráfico de drogas, mas foi algo que me interessou muito, talvez tenha feito de forma desajeitada”, acrescentou.
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