“Admirámos a música da saga James Bond desde que me lembro”, disse a artista nos bastidores da cerimónia, respondendo às perguntas dos jornalistas. “Tem sido uma parte tão grande das nossas vidas que só estarmos envolvidos foi inacreditável”, comentou.

A dupla queria fazer um bom trabalho no último filme de Daniel Craig como agente 007 e isso foi intimidante. “Não queria desrespeitar o 'franchise' de maneira nenhuma”, frisou a cantora.

“A abordagem foi muito emocionante e também assustadora. Tínhamos uma enorme pressão em cima de nós”, afirmou Eilish, ao mesmo tempo descrevendo o processo como a experiência “mais incrível” de sempre.

Finneas, que também passou pela sala de entrevistas, disse que escrever uma canção para um filme James Bond era uma ambição dos irmãos, e que pediu conselhos a Jimmy Napes e Sam Smith, autores de “Writing's on the Wall”, que venceu o Óscar em 2016.

“Foi muito apropriado que isto soasse a uma canção da Billie Eilish e a uma canção do Bond, e não só como uma ou só como a outra”, disse Finneas.

“No Time to Die” venceu o Óscar contra a também considerada favorita “Dos Oruguitas”, que Lin-Manuel Miranda escreveu para o filme da Disney “Encanto”, que saiu do Dolby Theatre em Hollywood com a estatueta de Melhor Longa-Metragem de Animação.

Nos bastidores, os produtores Jared Bush, Yvett Merino, Byron Howard e Clark Spencer mostraram-se arrebatados pelo triunfo de um filme de animação sobre uma família latina na Colômbia.

“É uma confirmação do que acontece quando temos vozes diversas na sala”, disse Yvett Merino, que se tornou na primeira mulher latina a vencer esta categoria.

“Nós pertencemos aqui, em Hollywood. As nossas histórias são importantes, devemos estar no centro”, frisou Merino. “Há tantas histórias incríveis na nossa comunidade que precisamos de mais contadores de histórias, realizadores, produtores, todo o tipo de artistas diversos”, afirmou. “Ponham-se a trabalhar, precisamos de vocês”.

Jared Bush disse que todo o entusiasmo em torno do filme – e das canções escritas por Lin-Manuel Miranda – tem sido “uma experiência incrível” no culminar de cinco anos de trabalho.

“Ver tanta energia em torno do filme e quão entusiastas as pessoas estão, a fazerem fatos iguais e a dançar e a verem em repetição é extraordinário”.

“Encanto” teve o envolvimento do artista de iluminação luso-americano Afonso Salcedo.