Quando "Barbie", um fenómeno da cultura pop como nenhum outro, foi nomeado em oito categorias dos prémios da Academia, incluindo Melhor Filme, a equipa de produção da cerimónia, que vai para o ar este domingo, 10 de março, sabia exatamente o que fazer.

"Ryan Gosling vai interpretar 'I'm Just Ken' ao vivo pela primeira vez. Acho que é algo que todos vão querer ver", disse o realizador do espetáculo, Raj Kapoor, à France-Presse.

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Gosling "tinha algumas dúvidas no início, e com razão", mas aceitou rapidamente porque "ele é um profissional completo", explicou a produtora executiva Molly McNearney.

Todos os anos, as cinco canções nomeadas aos Óscares são apresentadas na cerimónia transmitida ao vivo. Mas é raro que duas dessas músicas sejam do mesmo filme.

Billie Eilish cantará "What Was I Made For?", uma das principais músicas de "Barbie", o filme que mais arrecadou nas bilheteiras em 2023, que também apresentou uma banda sonora de sucesso.

E a poderosa balada de seis minutos que trata do frágil ego masculino será entoada por Gosling, que interpreta Ken, o amigo que se torna rival na sátira feminista dirigida por Greta Gerwig.

O destaque da cerimónia para "Barbie" não é surpresa. O filme arrecadou mais de 1,4 mil milhões de dólares (cerca de 1,29 mil milhões de euros) e quando um filme é um sucesso nos cinemas, tende a levar mais espectadores a ver os Óscares se for nomeado.

Os produtores também têm nas mãos "Oppenheimer", favorito para Melhor Filme, que conquistou quase mil milhões nas bilheteiras como a outra metade do fenómeno do verão americano "Barbenheimer".

"Estamos a dar muito amor a 'Barbie' no programa. Mas também amamos muito todos os filmes nomeados", afirmou McNearney.

Jimmy Kimmel

Outro ponto alto da 96ª edição dos Óscares será a apresentação dos músicos da Nação Osage, que cantarão uma peça cerimonial do filme de Martin Scorsese, "Assassinos da Lua das Flores", numa noite em que a sua protagonista, Lily Gladstone, se pode tornar a primeira atriz indígena a ganhar a estatueta.

Após os números baixos durante a pandemia com apenas uns 10 milhões de espectadores na América do Norte, o que levou alguns a questionar se transmitir a cerimónia era realmente relevante na era do TikTok, as audiências voltaram com força no ano passado com 18,7 milhões.

Parte do sucesso foi atribuído ao aclamado regresso de Jimmy Kimmel como apresentador, que será o anfitrião mais uma vez este domingo, a sua quarta vez à frente do espetáculo.

Ele planeia ir de encontro ao recorde de Bob Hope de apresentar os Óscares 19 vezes?

"Espero que não, não acredito que sobreviveria a isso!", brincou McNearney, que é casada com Kimmel.