Michael J. Fox já não coloca completamente de parte a possibilidade de voltar a ser ator.

A revelação surge após ter anunciado uma 'segunda reforma' na sua carreira em 2020 por causa da deterioração do seu estado de saúde.

Diagnosticado com a doença de Parkinson em 1991, quando tinha 29 anos, o ator e ativista já se tinha retirado parcialmente em 2000 quando os sintomas pioraram.

“Se alguém me oferecer um papel e eu fizer isso e me divertir, ótimo. Atuaria se surgisse algo em que pudesse colocar as minhas realidades, os meus desafios, se conseguisse fazê-lo", disse à Entertainment Tonight durante um evento esta semana para a sua fundação.

Acrescentou que fazer parte do documentário "STILL: A Michael J. Fox Movie", disponível na Apple TV+, 'foi uma grande emoção'.

“Os meus objetivos estão sempre a mudar. O maior de todos acho que é criar uma família. Temos quatro filhos incríveis, e isso tem sido o mais importante”, acrescentou, referindo-se à relação com Tracy Pollan, que conheceu na rodagem da série "Quem Sai aos Seus" e com quem é casado desde 1988.

“E depois o outro é o trabalho que fizemos com a fundação e o desejo de atingir esses objetivos”, destacou.

No seu livro de memórias, "No Time Like the Future", lançado em novembro de 2020, a estrela dos filmes "Lobijovem", "Regresso ao Futuro", "O Segredo do Meu Sucesso", escrevia que estava a perder a capacidade de memorizar e repetir os diálogos por causa da evolução da doença.

"Os meus tempos de trabalhar 12 horas por dias e a memorizar sete páginas de argumento ficaram para trás, pelo menos por agora", explicava.

"Para ser justo comigo mesmo e com os produtores, realizadores, editores e os pobres e emboscados supervisores de argumento, sem mencionar os atores que gostam de um pouco de ritmo, entro numa segunda reforma", acrescentava.

"Isto pode mudar porque tudo muda. Mas se isto é o fim da minha carreira como ator, assim seja", concluía.