Na década de 80, antes da artrite reumatoide, alcoolismo e rumores de que era uma diva descarrilarem a carreira, Kathleen Turner espalhou talento no grande ecrã em filmes como "Noites Escaldantes", "Em Busca da Esmeralda Perdida", "A Honra dos Padrinhos", "Peggy Sue Casou-se", "O Turista Acidental" e "A Guerra das Rosas".

Foi ainda ainda o maior símbolo sexual dessa época, a tal ponto que se tornou a inspiração e a única escolha possível para ser a voz a Jessica Rabbit na animação em "Quem Tramou Roger Rabbit?".

Agora, numa entrevista muito franca à Vulture, ela revelou que isso também fez com que Michael Douglas (com quem fez três filmes), Jack Nicholson (um filme em conjunto) e Warren Beatty se envolvessem numa disputa acesa para ver quem a conquistava.

"É preciso recordar que o meu primeiro grande papel foi em 'Noites Escaldantes' e depois disso tornei-me um alvo sexual. Percebi mais tarde, pelo Michael Douglas, que houve uma competição entre ele, e Jack Nicholson e Warren Beatty sobre qual me apanhava primeiro. Nenhum deles conseguiu, já agora", contou a atriz, agora com 64 anos.

Kathleen Turner em "Noites Escaldantes" (1981)

Kathleen Turner também explicou que  não achou piada e recordou um episódio concreto da competição: "Não gosto de ser vista como um troféu. Quando o Jack e eu estávamos a fazer 'A Honra dos Padrinhos', um grupo de nós foi à sua casa em Mulholland [Drive]. O Jack, sabendo do interesse do Warren em mim, disse "Porque não telefonas ao Warren e lhe dizes que não tenho um saca rolhas?' 'Porquê?' 'Verás a velocidade com que ele cá chega'".

"Existia uma suposição tácita de que as mulheres eram propriedade para ser reivindicadas", acrescentou.

Outro episódio aconteceu durante um jantar, quando a atriz viu uma cadeira vazia ao pé de Jack Nicholson: "Sentei-me nela e diverti-me imenso. Ao fim de um bocado — porque tinha que trabalhar no dia a seguir —, disse que tinha de me despedir e voltei de carro ao [hotel] Chateau Marmont. Cheguei lá e o telefone toca. Era o Jack: 'Como é que me pudeste fazer uma coisa daquelas?' Fazer o quê?' 'Eras a minha companhia e vieste embora!' E eu disse, 'Era a tua companhia? Ninguém me tinha dito nada'".

"Presunções como essa são a razão para nunca ter morado em Los Angeles. Sinto-me insegura sempre que vou a essa cidade", rematou.

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