Elizabeth Taylor «era uma actriz maravilhosa», uma estrela como «há cada vez menos», considera o realizador
João Botelho. Em declarações à Lusa, a propósito da morte da actriz, hoje, aos 79 anos, por problemas no coração, Botelho descreve-a como «uma actriz pura de Hollywood», que «fez filmes bons, filmes maus e filmes assim-assim».

«Já não há tantas maiores do que a vida, assim actrizes «stars». É uma «star» que se vai embora e há cada vez menos. Hoje há muitas [actrizes], mas não há nenhuma tão grande. Quando entravam marcavam: é meu o plano, os olhos são meus, olhem para mim. Já não há muito disso», acrescentou.

Por seu turno, o realizador
António-Pedro Vasconcelos descreveu-a como uma personagem temperamental, actriz carnal, mais humana e destemida. «Tinha uma personalidade cheia de força, apesar da cara de boneca, e ficou ligada a grandes filmes, estou a lembrar-me de «Gata em Telhado de Zinco Quente», com um dos melhores pares do cinema americano, com Paul Newman», disse o cineasta.

Segundo Vasconcelos, a actriz «não chega bem a ser uma diva, porque era uma figura mais carnal, mais humana. Se tivesse mais um ano, teria feito na altura
«E tudo o Vento Levou», tinha o perfil para ser Scarlett O'Hara», opinou.

Já a actriz
Isabel Ruth disse à Lusa que, para além de «bela», Elizabeth Taylor «era uma óptima actriz», confessando que a viu pessoalmente, uma vez, em Londres, «no intervalo do teatro». Ruth admite que «sou, fui, uma grande admiradora da Elizabeth Taylor» e dos seus «olhos cor de violeta extraordinários».

«Temos a ilusão de que vivemos eternamente e realmente a vida é uma passagem», realçou Isabel Ruth, enumerando «Gata em Telhado de Zinco Quente», «Cleópatra» e «O Gigante» como os filmes de Elizabeth Taylor que mais a «tocaram».

Por outro lado, a actriz portuguesa lembrou que «nos últimos anos [Elizabeth Taylor] não fez filmes» e comparou: «Nesse aspecto, acho que eu tive mais sorte, quando comecei a envelhecer comecei a fazer bons filmes. Ela foi ao contrário, depois de ter feito uma carreira tão brilhante e com filmes tão bons, mais tarde começou a fazer filmes sem interesse nenhum».

Na vida, «as coisas não correram tão bem» a Elizabeth Taylor, lamentou ainda, sublinhando que em Hollywood «se uma pessoa não tem a cabeça bem no sítio é perder-se no meio da fama e da glória».

SAPO/Lusa

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