O realizador James Cameron vai dedicar "Avatar: O Caminho da Água" ao ator de cinco dos seus filmes e grande amigo Bill Paxton, falecido em 2017.

A informação foi avançada pelo Showbiz 411 e a homenagem surgirá "no final de uma longa lista de créditos" do filme, que fontes da revista The Hollywood Reporter disseram ter 190 minutos de duração.

Após a notícia da morte, Cameron revelou que ia contar com o ator nas sequelas de "Avatar" (2009).

A estreia da primeira está marcada para 15 de dezembro e o trailer foi revelado na quarta-feira.

TRAILER LEGENDADO.

Bill Paxton morreu a 25 de fevereiro de 2017, na sequência de um acidente vascular cerebral 11 dias após complicações relacionadas com uma operação para substituir uma válvula do coração e eliminar um aneurisma da aorta.

Trabalhou com Cameron em cinco filmes, mais do que qualquer outro colaborador à frente das câmaras, formando uma importante relação artística: após uma pequena participação em "Exterminador Implacável" (1984), o ator soube tornar icónicos os papéis secundários em "Aliens, o Recontro Final" (1986), "A Verdade da Mentira (1994) e "Titanic" (1997).

A estes trabalhos de ficção juntou-se o documentário "Fantasmas do Abismo" (2003), onde os dois regressaram com especialistas ao local onde se afundou o Titanic, revelando ainda mais ao grande público a sua relação de cumplicidade.

"Bill deixa um vazio tão grande. Eu e eu fomos grandes amigos durante 36 anos, desde que nos conhecemos na produção de um filme de orçamento muito baixo de Roger Corman. Ele veio trabalhar e eu coloquei um pincel na sua mão e apontei-lhe para uma parede a dizer 'Pinta aquilo!' Rapidamente reconhecemos a faísca criativa um no outro e torná-mo-nos amigos. O que se seguiu foram 36 anos a fazer filmes juntos, a ajudar a desenvolver os projetos um do outro, ir em viagens de mergulho juntos, ver crescer os filhos um do outro, até mergulhar aos restos do Titanic juntos em submarinos russos", recordou James Cameron à revista Vanity Fair há cinco anos.

"Foi uma amizade de riso, aventura, amor pelo cinema e respeito mútuo. O Bill escrevia lindas cartas sinceras e profundas, um anacronismo nesta era de abreviatura digital. Ele cuidada das suas relações com as pessoas, sempre a cuidar e presente para os outros. Era um bom homem, um grande ator e um dínamo criativo. Espero que no meio do ruído espalhafatoso da noite dos Óscares, as pessoas parem um momento para recordar este homem maravilhoso, não apenas por todas as horas de alegria que ele nos deu com a sua intensa presença no ecrã, mas pelo belíssimo ser humano que era. O mundo é um lugar mais vazio com o seu desaparecimento e irei sentir profundamente a sua falta", concluía a mensagem.