2022 é um estranho ano para Henry Cavill: andou por "Emola Holmes 2" e disse adeus a "The Witcher" após três temporadas na Netflix e ao Super-Homem na DC Studios, menos de dois meses após aparecer por momentos no final de "Black Adam" e confirmar o regresso nas redes sociais ao respetivo Universo Cinematográfico.

Mas agora, o ator britânico e 'nerd' assumido concretiza um sonho antigo: vai ser o protagonista de uma série baseada no popular jogo de tabuleiro de ficção científica "Warhammer 40.000" (informalmente "Warhammer 40K"), que se passa 40 mil anos no futuro e anda à volta de guerras em campos de batalha com miniaturas que representam humanos, criaturas e veículos.

A parceria junta a editora do jogo Games Workshop, a produtora Vertigo e o músculo financeiro da Amazon Prime Video, que adquiriu os direitos para televisão, cinema, jogos e animações.

"Adoro 'Warhammer' desde miúdo, o que torna este momento verdadeiramente especial para mim. A oportunidade de conduzir este universo cinematográfico desde o seu início é uma grande honra e responsabilidade". Não poderia estar mais grato por todo o trabalho árduo da Vertigo, da Amazon Studios e da Games Workshop para fazer isso acontecer. Um passo mais perto de realizar o sonho de uma vida inteira", diz Henry Cavill no comunicado oficial

Nas redes sociais, onde já foi visto anteriormente a pintar as suas miniaturas, foi mais longe: "Há 30 anos, sonhei ver um universo 'Warhammer' em imagem real. Agora, após 22 anos de experiência nesta indústria, finalmente sinto que tenho o conjunto de capacidades e experiência para conduzir à vida um universo cinematográfico de 'Warhamme' [...]".

O ator acrescenta que a Amazon dará a "liberdade de ser fiéis à enorme dimensão de Warhammer', promete que a adaptação e respeitará o jogo e que os primeiros passos para a série são encontrar um realizador, criador e argumentista.

Note-se que ambas as mensagens mencionam "universo cinematográfico", o que não será coincidência após as últimas novidades com o Universo Cinematográfico DC.

É oficial: Henry Cavill vai deixar de ser Super-Homem no cinema. James Gunn vai escrever novo filme
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Após a notícia de que vai deixar de ser o Super-Homem e um novo filme vai ser escrito para uma personagem mais nova por James Gunn (que é diretor executivo da DC Studios desde 1 de novembro juntamente com Peter Safran e o principal responsável criativo pelo futuro dos filmes de super-heróis), a revista The Hollywood Reporter avançou que, em mais um sinal de rutura com o passado, foram cortadas as cenas simbólicas gravadas por Henry Cavill e Gal Gadot ("Mulher-Maravilha") para o filme "The Flash", que chega aos cinemas no verão de 2023.

Várias fontes disseram à revista que o ator não tinha um contrato formal para regressar, mas apenas um "acordo verbal" em que o estúdio se comprometia a desenvolver novos projetos e ele acabou por se ver no meio de duas fações antagónicas no estúdio durante a produção de "Black Adam".

"No final, ele era um peão na tentativa fracassada de Dwayne de controlar uma parte da DC", explicou uma fonte interna que acompanhou o todo o processo: Dwayne Johnson fez pressão para que regressasse, no que via como um potencial eixo para a sua própria franquia dentro do universo DC (o próprio assumiu em entrevistas que teve de contornar a oposição da liderança da DC Studios da altura, subindo na hierarquia da Warner Bros.); outros responsáveis do estúdio apostavam numa sequela de "Homem de Aço" e tinham contratado Steven Knight (criador da série "Peaky Blinders") para escrever um primeiro rascunho.

Mas ainda antes da chegada da nova liderança à DC Studos, os planos para uma sequela e o prometido "confronto" entre Black Adam e Super-Homem ficaram em causa por causa da desilusão com os 389 milhões de dólares de receitas de bilheteira a nível mundial (o orçamento foi de 200 milhões ainda antes de chegarem as despesas de marketing).

A MENSAGEM DE HENRY CAVILL.