Aos 82 anos e depois de "Star Wars" e "Indiana Jones", Harrison Ford está de volta a uma grande saga e é a maior de todas: o Universo Cinematográfico Marvel.

O ator estreia-se no mundo dos super-heróis com "Capitão América: Admirável Mundo Novo" como o imperfeito e instável presidente Thaddeus Ross, que também é o Hulk Vermelho, ao lado de Anthony Mackie como protagonista.

Numa nova entrevista ao Wall Street Journal, Ford diz que aceitou a proposta sem ver um argumento, acrescentando 'Por que não? Vi filmes suficientes da Marvel para ver atores que admirava a divertirem-se".

E acrescentou com humor: “Não sabia realmente que me transformaria no Hulk Vermelho no final. Bem, é como a vida. Só se chega até certo ponto no kit até que desapareça a última página das instruções.”

Apesar do pragmatismo, o veterano admitiu que sente nostalgia da época em que os filmes tinham um impacto cultural muito maior junto do grande público.

“Na verdade, o que sinto falta é a ligação com a cultura em geral. Agora estamos mais nas casas das pessoas do que nas áreas comuns. Trabalhamos para públicos de nicho. O que não diminui o trabalho. Mas vivemos num mundo diferente, sem o conforto de saber que estamos todos juntos nisto", refletiu.

Questionado sobre o que é então um filme da Marvel, Ford nem hesitou: “É um grande nicho”.

O ator também não está arrependido da última grande produção em que esteve envolvido, "Indiana Jones e o Marcador do Destino", apesar do fracasso de bilheteira em 2023.

“É a vida. Fui realmente eu quem sentiu que havia outra história para contar. Quando [Indy] sofreu as consequências da vida que teve que viver, queria mais uma oportunidade de agarrar nele e sacudir o pó e lançá-lo, sem tanto do seu vigor, para ver o que acontecia. Ainda estou satisfeito por ter feito esse filme.”

"Capitão América: Admirável Mundo Novo" chega a Portugal na quinta-feira, um dia antes da estreia nos cinemas dos EUA.

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