O que acontece quando a personagem de um videojogo escapa do algoritmo dos seus criadores? A comédia de ação "Free Guy - Herói Improvável", que começa a chegar aos cinemas esta semana (e a 19 em Portugal), explora a fronteira entre o virtual e o real usando códigos dos "gamers".

A premissa é uma reminiscência de "The Truman Show - A Vida em Directo" (1998), no qual Jim Carrey habilmente interpretou um agente de seguros comum que involuntariamente protagonizava um "reality show" sem saber o que estava a acontecer.

Duas décadas depois, os gigantes da Internet sonham com mundos paralelos que mesclem o virtual e o real. E em "Free Guy", o anti-herói, interpretado por Ryan Reynolds, é um dos muitos personagens secundários com quem às vezes podemos interagir em videojogos ultra-realistas como "Grand Theft Auto".

Todas as manhãs, Guy levanta-se, cumprimenta o seu peixe dourado, queima a boca com um café excessivamente quente, alheio às explosões e lutas que acontecem ao seu redor.

Mas quando ele finalmente toma o seu destino nas suas próprias mãos, o mecanismo desenvolvido pelos criadores do jogo descontrola-se.

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O realizador Shawn Levy comparou o filme a "um antídoto para muito do que vivemos" com a pandemia.

"O filme é sobre esperança e preservação de alguma inocência no meio de um mundo muito cínico", acrescentou numa apresentação recente em Nova Iorque.

Com um tom lúdico aprimorado na sua trilogia "Uma Noite no Museu", onde esqueletos e animais empalhados ganham vida à noite, Levy brinca com uma galeria de personagens familiares de jogos de sucesso como "Fortnite".

Tendo como pano de fundo uma história de amor, a história também se desenrola do outro lado do ecrã, no espaço aberto do editor do videojogo, um ambiente moderno e descontraído onde todos os truques são permitidos.

Além de Ryan Reynolds, o elenco inclui Joe Keery, mais conhecido pela série "Stranger Things", Jodie Comer, famosa pelo seu papel em "Killing Eve", e o realizador e ator Taika Waititi, como o chefe ávido por lucro.

Produzido pela 20th Century Studios, propriedade da Disney, "Free Guy" está a ser fortemente promovido nos EUA e Shawn Levy afirma que está a ponderar uma sequela.