“[…] Na sua sessão de encerramento e entrega de prémios, a ter lugar no dia 09 de abril pelas 20:45, o Festival Internacional de Cinema do Porto - Fantasporto vai apresentar em antestreia a longa-metragem “Everything, nothing and something else”, de Marina Kondratieva”, lê-se num comunicado.
De acordo com a organização, a película ucraniana “trata-se de uma comédia dramática que ilustra a vida de um taxista de Kiev e das pessoas que com ele se cruzam durante uma noite”.
“A variedade humana combina-se com os pequenos e os grandes dramas da vida quotidiana, num relato feito por nove histórias baseadas em episódios reais. Histórias de vida e morte, humanidade e caos”, é acrescentado.
Filmado nas ruas de Kiev, “Everything, nothing and something else” é a segunda longa-metragem de ficção da também documentarista Marina Kondratieva.
Na semana passada, o Fantasporto retirou o filme russo "Vladivostok", do realizador Anton Bormatov, da programação deste ano.
"O Fantasporto não pode deixar de se solidarizar com o sofrimento dos ucranianos e com a defesa da Democracia", sublinhou a organização do festival em comunicado.
"Vladivostok", de Anton Bormatov, é uma produção da Mosfilm, o histórico e quase centenário estúdio de produção de cinema e televisão russo, "a entidade estatal para o cinema da Rússia", explica o festival.
Segundo o Fantasporto, "Vladivostok" era o único filme russo selecionado para a edição deste ano do festival e a sua escolha tinha sido anunciada "muito antes da invasão da Ucrânia".
No entanto, o festival decidiu retirá-lo em protesto pela ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia.
A 42.ª edição do Festival Internacional de Cinema do Porto – Fantasporto decorrerá de 01 a 10 de abril no Teatro Rivoli.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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