Mais de uma dezena de filmes de assinatura portuguesa, como “Filme feliz :)”, de Duarte Coimbra, e “O pior homem de Londres”, de Rodrigo Areias, estão no Festival de Cinema de Roterdão, que começa hoje nos Países Baixos.

Este festival, que tem sido nos últimos anos uma paragem regular de estreias de cinema português, tem na competição internacional “O pior homem de Londres”, um filme de época de Rodrigo Areias, com Albano Jerónimo, e que parte de algumas personagens reais, nomeadamente Charles Augustus Howell, um negociante de arte nascido no Porto, de reputação duvidosa.

No programa “Harbour” figura a primeira longa-metragem de Diogo Costa Amarante, “Estamos no Ar”, e também “Diálogos depois do fim”, de Tiago Guedes, com a apresentação de cinco dos 19 episódios/diálogos do projeto, que partem dos “Diálogos com Leucó”, de Cesare Pavese.

Na mesma secção estão outras duas produções portuguesas: “Mário”, documentário do norte-americano Billy Woodberry, sobre o ativista angolano Mário Pinto de Andrade, um dos fundadores do Movimento Popular de Libertação de Angola; e “Nome”, do guineense Sana Na N'Hada, que recua à guerra colonial e à independência da Guiné-Bissau.

Pelo festival, que termina a 04 de fevereiro, vão passar ainda as curtas-metragens “Filme feliz :)”, de Duarte Coimbra, “Man of Aral”, de Helena Gouveia Monteiro, “On plains of larger river & woodlands”, de Miguel de Jesus, e "À tona d'água", de Alexander David.

O documentário “Ospina Cali Colombia”, de Jorge Carvalho, sobre o realizador colombiano Luis Ospina, que morreu em 2019, e uma nova cópia de “Aparelho voador a baixa altitude”, da realizadora luso-sueca Solveig Nordlund, também foram selecionados.

A todos eles juntam-se duas coproduções portuguesas com o Brasil: “Greice”, de Leonardo Mouramateus, e “Praia formosa”, de Júlia de Simone.

A realizadora Mónica Lima, que em 2023 foi premiada no festival com a curta-metragem “Natureza Humana”, integra este ano os júris.