A 76ª edição do Festival de Cannes começa na terça-feira da próxima semana, um evento repleto de estrelas de Hollywood e de homenagens a cineastas como Pedro Almodóvar e Martin Scorsese, além da grande expectativa provocada pelos trabalhos de realizadores da Ásia e África.

Portugal surge representado na seleção oficial pela curta-metragem “As Filhas do Fogo”, de Pedro Costa, interpretada pelas cantoras Elizabeth Pinard, Alice Costa e Karyna Gomes.

Já na secção “Un Certain Regard” estreia-se “A Flor do Buriti”, da realizadora brasileira Renée Nader Messora e do português João Salaviza, rodado com o povo indígena Krahô, do Brasil.

Por outro lado, Hollywood enfrenta uma greve de argumentistas que provocou a suspensão e cancelamento de várias rodagens, o que fará de Cannes, mais do que nunca, se possível, o grande foco de atenção dos cinéfilos durante as próximas duas semanas, de 16 a 27 de maio.

O filme de abertura do evento será o francês "Jeanne du Barry", sobre a amante do rei Luís XV, da realizadora Maïwenn, que também interpreta a protagonista. A estrela norte-americana Johnny Depp, que superou há poucos meses uma longa batalha judicial com a ex-esposa Amber Heard, interpreta o monarca.

De seguida, Cannes transformar-se-á numa longa e quase ininterrupta passadeira vermelha de estrelas.

Harrison Ford, que aos 80 anos interpreta mais uma vez Indiana Jones, apresentará o quinto filme do personagem: "Indiana Jones e o Marcador do Destino".

O espanhol Pedro Almodóvar exibirá, fora de competição, uma curta-metragem western e gay, "Estranha Forma de Vida", com Ethan Hawke e Pedro Pascal, além de José Condessa entre os secundários.

O veterano Michael Douglas, de 78 anos, receberá uma Palma de Ouro honorária pela sua carreira.

E o aclamado Martin Scorsese exibirá o muito aguardado "Killers of the Flower Moon", protagonizado por Leonardo DiCaprio e Robert De Niro, sobre uma série de assassinatos de indígenas na década de 1920 nos EUA.

Sete mulheres disputam a Palma de Ouro

Maïwenn

O Festival de Cannes exibirá pela primeira vez um filme da Mongólia, "Hopeless", e um do Sudão, "Goodbye Julia", primeira longa-metragem de Mohammed Kordofai.

Outros destaques do evento incluem o alemão Win Wenders, com dois filmes em duas mostras, e o americano Wes Anderson, que exibirá "Asteroid City" na mostra oficial, um filme com várias estrelas, como Tom Hanks, Margot Robbie, Scarlett Johansson, entre outros.

Dos 21 filmes na disputa pela Palma de Ouro, sete são dirigidos por mulheres, um recorde para Cannes.

A indústria cinematográfica foi abalada nos últimos anos por acusações de abusos e discriminação, mas desta vez são duas realizadoras francesas, Maïwenn e Catherine Corsini, as protagonistas de escândalos.

Maïwenn foi acusada de agressão por um famoso jornalista francês, Edwy Plenel, enquanto Corsini teria dirigido uma cena de teor sexual com uma atriz menor de 16 anos no seu filme "Le retour", que está na disputa pelo prémio máximo em Cannes.

Entre as cineastas na mostra principal estão a italiana Alice Rohrwacher, que disputa a Palma de Ouro pela terceira vez, com "La chimera", e Ramata-Toulaye Sy, realizadora franco-senegalesa de 36 anos que apresenta a sua primeiro longa-metragem, "Banel et Adama".

O presidente do júri do festival é o sueco Ruben Östlund, que venceu a Palma de Ouro no ano passado por "Triângulo da Tristeza", repetindo um trunfo de 2017 com "O Quadrado".

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