Terry Gilliam, antigo Monty Python e realizador de filmes como "Brazil", "O Rei Pescador" e "12 Macacos", terá sofrido um AVC que levou à sua hospitalização este fim de semana em Londres.

A notícia foi avançada pelo jornal regional Nice Matin ainda no domingo à noite e não foi confirmada oficialmente. Acrescenta, sem referir as fontes, que os médicos estão pessimistas sobre a sua recuperação a tempo de assistir à estreia mundial do seu mais recente trabalho, "O Homem que Matou D. Quixote", prevista como a sessão de encerramento a 19 de maio do Festival de Cannes.

No entanto, outro jornal francês, o Le Point, avançou com uma notícia contraditória sobre a intensidade do problema de saúde, referindo que o cineasta de 77 anos foi internado após sentir um "mal-estar", sem mencionar um derrame cerebral, e recebeu alta ainda no domingo.

O que é certo é que Gilliam faltou à audiência judicial do Tribunal de Paris que se realizou na segunda-feira relacionada com o processo lançado pelo produtor Paulo Branco que visa precisamente impedir o Festival de Cannes de exibir "O Homem que Matou D. Quixote". A decisão sobre este caso foi remarcada pelo juiz para esta quarta-feira.

O filme, uma adaptação livre do romance de Cervantes, chegou a contar com produção de Paulo Branco, mas o realizador acabou por não concretizar a parceria, alegadamente por problemas de financiamento, procurando outros produtores.

Segui-se o pedido de anulação do contrato de produção com a produtora Alfama Films, de Paulo Branco, mas, no ano passado, o Tribunal de Grande Instância de Paris declarou que aquele continua válido, porém sem impedimentos para que cineasta prosseguisse a rodagem.

No filme, um projeto antigo de Terry Gilliam que sofreu vários percalços ao longo de quase 20 anos, entram atores como Jonathan Pryce, Adam Driver, a atriz portuguesa Joana Ribeiro, Olga Kurylenko e Stellan Skarsgard, e a rodagem ocorreu em Portugal e em Espanha.

Para junho está marcado em Paris o anúncio da sentença sobre a possível indeminização do cineasta a Paulo Branco, por causa de direitos sobre o filme.

Em França, a propósito da inclusão do filme em Cannes, está prevista já uma estreia comercial.

Em Portugal não há ainda data de estreia definida, mas a distribuição foi assegurada pela NOS.

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