A Culturgest, em Lisboa acolhe em dezembro duas sessões de cinema de animação de autor, em parceria com o Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Espinho, cuja 42.ª edição decorreu este mês em Espinho.
A primeira sessão, marcada para 02 de dezembro às 16:00 no Grande Auditório, “é um momento de cruzamento artístico, dedicado às crianças, entre cinema de animação e música ao vivo, composto por duas partes: cine-concerto e projeção de filmes”, de acordo com informação divulgada pela Culturgest.
No cine-concerto “12 FRAMES”, do compositor multi-instrumentalista e inventor de instrumentos musicais experimentais Fernando Mota, “um cine-concerto sem cinema, são criados 12 momentos musicais a partir de 12 fotogramas de 12 filmes, explorando os ambientes ou as narrativas que essas imagens sugerem”.
Aqui, “mais do que filmes musicados ao vivo, as imagens são usadas como pontos de partida para a criação de músicas e espaços sonoros”.
Na mesma sessão, serão depois exibidas sete curtas-metragens de animação: “Aazar” (Aazar Shortfilm), “All of Us” (Ruth Beni, Daniel Greaves), “I Wish…” (Victor L. Pinel), “Look” (Meinardas Valkevičius), “Looney Foodz!” (Alexandra Tagali), “Star-Fallen” (Alexandra Tagali) e “Parking Attendant” (Dante Zaballa).
Na segunda sessão, a 4 de dezembro às 21:00 no Pequeno Auditório, serão exibidos os nove filmes premiados este ano no Cinanima.
A curta-metragem alemã "Obon" ganhou o Grande Prémio da 42.ª edição do festival, enquanto "Agouro" (foto) e "4 Estados da Matéria" venceram ‘ex-aequo’ a competição portuguesa.
Constituído por Pedro Serrazina, Riho Unt e Vera Neubauer, o júri de 2018 entregou o Grande Prémio da competição internacional ao documentário animado de Andre Hörmann e Anna Bergman, que, no registo computorizado 2D de "Obon", contam em 15 minutos a história de Akiko Takakura, uma das últimas sobreviventes da bomba atómica lançada em Hiroshima.
Entre as obras portuguesas, o Prémio António Gaio distinguiu este ano "Agouro", em que David Doutel e Vasco Sá revelam "a rudeza da relação entre dois primos" num inverno rigoroso junto ao rio e "4 Estados da Matéria", obra de estreia em que Miguel Pires de Matos explora num registo abstrato os diferentes estados físicos da natureza e a sua relação com a ciência, a arte e a religião.
Ainda na produção portuguesa, o festival também distinguiu como melhor obra por realizadores menores de 18 anos o filme "Harmos", dirigido por um coletivo de crianças e jovens de Abrantes, e premiou como melhor curta de um cineasta maior de idade a obra "Viajante", de João Gonzalez.
Outros filmes premiados na edição de 2018: "A chamada", que deu à romena Anca Damian o Prémio Especial do Júri; "Época Baixa", com que a húngara Orsolya Láng arrecadou o Prémio Gaston Roch para melhor filme de estudantes; "O jardim perdido", pelo qual a francesa Natalia Chernysheva obteve o Prémio Alves Costa para melhor curta-metragem até 5 minutos; e "O dia extraordinário", com que a francesa Joanna Lurie conseguiu o Prémio de Melhor Curta-Metragem entre os cinco e os 24 minutos.
"Um bolo magnífico", dos belgas Marc James Roels e Emma De Swaef, conquistou duas distinções: o Prémio de Melhor Curta entre os 24 e 50 minutos e também o Prémio do Público.
Na categoria de longas-metragens este ano não foi premiado nenhum filme, embora o júri tenha atribuído uma menção honrosa a "Vírus Tropical", do colombiano Santiago Caicedo.
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