A Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, dedica este mês um ciclo ao ator Rogério Samora, que demonstrou "uma rara e surpreendente sensibilidade para o cinema e para a performance em frente das câmaras", anunciou a instituição.
Rogério Samora morreu em dezembro passado, aos 63 anos, sendo recordado agora com a exibição de nove longas-metragens em que participou e, em alguns casos, protagonizou, a começar por "O Delfim" (2001), de Fernando Lopes.
Rogério Samora trabalhou "com um número muito alargado de realizadores", como Manoel de Oliveira, João Botelho, Miguel Gomes, António-Pedro Vasconcelos, João Mário Grilo e Margarida Cardoso, mas "as suas interpretações mais importantes surgiram em colaboração com Fernando Lopes", escreve a Cinemateca na programação de fevereiro.
O ciclo abrirá no dia 10 com "O Delfim", adaptação de Fernando Lopes de uma obra homónima de José Cardoso Pires. De Fernando Lopes serão também exibidos "Matar saudades" (1988) e "Lá fora" (2004).
Rogério Samora, que também fez teatro e televisão, conta com mais de 50 filmes num percurso que se iniciou "com um nome maior do universo cinematográfico nacional, Manoel de Oliveira", no filme "Le soulier de satin" (1985).
No entanto, de Manoel de Oliveira com Rogério Samora, a Cinemateca exibirá "Party" (1996), no qual entram ainda Irene Papas, Michel Piccoli e Leonor Silveira.
Até ao final de fevereiro, o ciclo recordará ainda "Lavado em lágrimas" (2006), de Rosa Coutinho Cabral, "A falha" (2002), de João Mário Grilo, "O fatalista" (2005), de João Botelho, "Viúva rica solteira não fica" (2006), de José Fonseca e Costa, e o primeiro volume de "As mil e uma noites" (2015), de Miguel Gomes.
Rogério Samora morreu a 15 de dezembro, aos 63 anos, poucos meses depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória durante as gravações da telenovela "Amor, Amor", da SIC.
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