A Universal Pictures ficou com o direito de financiar e distribuir o próximo filme de Christopher Nolan, confirmou a publicação Deadline e outros meios da imprensa especializada norte-americana.

O famoso realizador vai levar ao cinema o seu argumento sobre J. Robert Oppenheimer e o seu papel no desenvolvimento da bomba atómica, num regresso à era de Guerra Mundial após "Dunkirk" (2017). Num dos papéis principais poderá estar um dos seus atores preferidos, Cillian Murphy.

A rodagem deverá começar no primeiro trimestre de 2022 e segundo a Variety, terá um orçamento de 100 milhões de dólares, mais baixo do que é habitual no cinema de Nolan mas muito acima do que os estúdios costumam investir nos dramas.

O novo acordo coloca oficialmente um ponto final na relação de grande sucesso com 18 anos do realizador com o estúdio Warner Bros., que financiou e distribuiu "Insomnia" (2002), a trilogia "O Cavaleiro das Trevas" (2005-2012), "O Terceiro Passo" (2006), "Inception - A Origem" (2010), "Interstellar" (2014), "Dunkirk" (2017) e "Tenet" (2020), este último o único "blockbuster" de Hollywood lançado nos cinemas no verão de 2020 durante a pandemia.

A parceria "estragou-se" publicamente quando a Warner anunciou em dezembro do ano passado que todos os seus filmes de 2021 seriam lançados ao mesmo tempo nos cinemas e na plataforma de streaming HBO Max.

"Alguns dos maiores realizadores e estrelas mais importantes foram deitar-se na noite anterior a pensar que estavam a trabalhar para o maior estúdio e acordaram a descobrir que trabalham para o pior serviço de streaming", foi a frase que se tornou viral de um comunicado que Nolan enviou ao The Hollywood Reporter.

"A Warner Bros. tinha uma máquina incrível para distribuir o trabalho de um cineasta em todo o lado, tanto nos cinemas como em casa, e está a desmantelá-la. Nem sequer se apercebe do que está a perder", acrescentou na altura.