O filme "Campeões" ganhou Goya de Melhor Filme, os Óscares do cinema espanhol.

A 33.ª edição dos Goya decorreu no sábado à noite em Sevilha e o prémio foi anunciado pelo realizador Pedro Almodóvar e as atrizes de "Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos" Rossy de Palma, Julieta Serrano e Loles Leó, que ganhou o mesmo prémio há 30 anos.

A comédia de Javier Fesser sobre um treinador de basquetebol forçado a trabalhar com jogadores com deficiência para cumprir uma pena de serviço comunitário estava nomeada para 11 prémios da Academia de Cinema de Espanha e ganhou mais dois: Jesús Vidal como Ator Revelação e Canção.

A produção espanhola com mais espectadores em 2018, com quase 3,3 milhões de espectadores, e ainda o candidato do país a uma nomeação para os Óscares (não chegou aos finalistas) tem estreia prevista para 20 de junho em Portugal.

Se "Todos Sabem", do iraniano Asghar Farhadi e com Penélope Cruz e Javier Bardem, não ganhou em nenhuma das oito categorias a que concorria, "El Reino", que liderava a lista com 13 nomeações e recebeu sete, confirmou uma tendência habitual do Goya: acumulou muitos prémios mas falhou o principal.

Inspirado pela corrupção do "caso Gürtel", o esquema que passava por conceder contratos públicos a empresas, em troca de dinheiro, e que ajudou a financiar o Partido Popular (PP), o "thriller"político viu distinguidos a realização de Rodrigo Sorogoyen, os trabalhos do atores principal e secundário (Antonio de la Torre e Luis Zahera), o argumento original, a montagem, a banda sonora e o som.

Não tem estreia prevista para os cinemas portugueses.

Os Goya de Melhor Atriz Principal e Secundária foram respetivamente para Susi Sánchez ("La enfermedad del domingo") e Carolina Yuste ("Carmen y Lola").

"O Homem Que matou D. Quixote", de Terry Gilliam, que tem co-produção portuguesa, foi distinguido pela Direção Artística e Caracterização.

"Mais um dia de vida" foi votado Melhor Animação e passou pelos cinemas portugueses.

Sem surpresa, "Roma", de Alfonso Cuarón, foi eleito o Melhor Filme Estrangeiro em Castelhano, e "Cold War: Guerra Fria", de Paweł Pawlikowski, o Melhor Filme Europeu.