Se tivéssemos de indicar o período de glória de Bruce Willis, nascido a 19 de março de 1955 na Alemanha, onde o seu pai conheceu a futura esposa quando fazia o serviço militar, este seria provavelmente o que foi de 1997 a 2000.

Nesse período estrearam «O 5º Elemento», «Armageddon», «O Sexto Sentido» e «O Protegido».

Só que esse também foi o tempo de «O Chacal», «Nome de Código: Mercúrio», «Uma Vida a Dois», «Um Homem Influente» ou «Nunca É Tarde».

Na verdade, a carreira de Bruce Willis, tão emocionante como os seus filmes, é de extremos, de onde podem surgir «Assalto ao Arranha-Céus» (88) como um muito menos clássico «Die Hard: Nunca é Bom Dia para Morrer» (13).

O que não muda, ou raramente, é a imagem que se lhe colou à pele: seja polícia, militar, mafioso ou corrupto, Bruce Willis, estrela de cinema, é um sedutor brincalhão e sarcástico. E duro.

Apesar do seu indiscutível carisma, a carreira no cinema esteve quase para acabar antes de começar.

Após várias peças teatrais e presenças não creditadas em alguns filmes («O primeiro Pecado Mortal», «O Príncipe da Cidade», «O Veredicto»), bateu três mil candidatos para o papel de David Addison na série «Modelo e Detective» (1985–89), onde tinha uma explosiva química com Cybill Shepherd.

A popularidade foi meteórica e Hollywood rapidamente lhe prestou atenção, mas «Encontro Inesquecível» (87) e «Hollywood 1929» (88), ambos realizados pelo lendário realizador de comédia Blake Edwards, foram grandes fracassos de bilheteira. De repente, parecia que o seu nicho seria mesmo o pequeno ecrã.

Foi à terceira que se deu o clique, quando foi escolhido para um filme de ação chamado «Assalto ao Arranha-Céus» (88).

O detetive nova iorquino John MacLane, em Los Angeles de visita à esposa, tornou-se a sua segunda pele e definiu uma carreira com vários momentos altos intercalados com trabalhos que ele próprio acha péssimos... «A Fogueira das Vaidades» e «Hudson Hawk - O Falcão Ataca de Novo», que quase deitaram tudo a perder outra vez, «Zona de Impacto» ou «A Cor da Noite».

Pelo meio, conheceu e casou com Demi Moore em 1987, numa relação que terminou em 2000.

Nos anos mais recentes, Bruce Willis não tem parado de trabalhar, ainda que vários filmes nem cheguem às salas de cinema. E irregular como sempre: se um «Fogo Contra Fogo» ou «Catch.44 Tiro Certeiro» podem fazer pensar que o seu melhor já passou e está em piloto automático apenas a trabalhar pelo cheque, surgem logo a seguir «Looper - Reflexo Assassino» ou «Moonrise Kingdom».

Meio a brincar, meio a sério, existe a teoria que se pode perceber quando Bruce Willis está mesmo interessado no que está a fazer e mostra o seu talento: as personagens têm cabelo. E se existe alguma conclusão que se pode tirar de uma carreira com mais de 60 filmes é que nunca se deve subestimá-lo...

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