O próximo projeto para o cinema de Guy Ritchie vai passar-se na Segunda Guerra Mundial e chamar-se "Ministry of Ungentlemanly Warfare" [Ministério da Guerra Sem Cavalheirismos].

Baseado em eventos históricos, a descrição do projeto faz recordar "Sacanas Sem Lei", de Quentin Tarantino, mas ajusta-se ao universo do realizador, que apesar do seu filme mais popular ser a versão em imagem real de "Aladdin" para a Disney, é mais reconhecido pelos retratos do submundo dos gangsters britânicos de filmes como "Snatch - Porcos e Diamantes", "RocknRolla: A Quadrilha" e "The Gentlemen: Senhores do Crime".

"Ministry of Ungentlemanly Warfare" era uma das designações oficiosas da organização Special Operations Executive, patrocinada pelo primeiro-ministro Winston Churchill em 1940, quando a Inglaterra estava a ser claramente esmagada pela Alemanha nazi na Europa continental.

Convicto de que não se podia combater as forças nazis com o espírito cavalheiresco do código de regras de empenhamento das operações militares, Churchill avançou para uma nova abordagem rigorosa e vigorosa, essencialmente criando a primeira organização de operações clandestinas, especializada em espionagem e sabotagem atrás das linhas inimigas.

Para o que é conhecida como "a guerra suja de Churchill" foram recrutadas pessoas que sabiam que o risco de morte era elevado, formando um grupo muito unido que conseguiu vitórias importantes contra os nazis.

Entre os produtores de "Ministry of Ungentlemanly Warfare" está Jerry Bruckheimer ("Top Gun", "Bad Boys", "Piratas das Caraíbas"), um dos homens de confiança da Paramount, estúdio que anda há seis anos a tentar adaptar ao cinema o livro homónimo de Damien Lewis (não editado em Portugal).

Em grande atividade, Guy Ritchie tem por estrear nos cinemas "Wrath of Man", uma versão do filme francês de ação "Le convoyeur" (2004), um reencontro com Jason Statham e ainda com Josh Hartnett.

Está ainda a rodar um "thriller" de ação agora sem título oficial mas que era conhecido por "Five Eyes" [Cinco Olhos, em tradução literal], também com Statham, Hartnett e ainda Hugh Grant, ator que volta a trabalhar com o realizador pela terceira vez em seis anos, após "O Agente da U.N.C.L.E." (2015) e "The Gentlemen: Senhores do Crime" (2019).