A Disney não poupou esforços e colocou uma passadeira vermelha de outra galáxia, na qual se destacou uma réplica em tamanho real do veículo imperial AT-AT.
Todos os protagonistas compareceram ao evento no Shrine Auditorium, incluindo John Boyega, que conseguiu chegar a tempo apesar da neve que atinge o leste dos Estados Unidos.
Quarenta anos depois do primeiro episódio, a marca "Star Wars" revalorizou-se e os especialistas preveem que o novo filme fature 220 milhões de dólares no seu primeiro fim de semana nos cinemas dos Estados Unidos. A produção anterior rendeu mais de dois mil milhões de dólares a nível global.
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Febre das galáxias
Apesar dos 10 anos que separam "Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith" (2005) de "Star Wars: O Despertar da Força" (2015), o entusiasmo dos fãs permaneceu intacto graças às séries de televisão, aos filmes de animação e a uma avalanche de produtos derivados.
A estratégia de marketing da saga já funcionava muito bem nas mãos de seu criador, George Lucas, mas "Star Wars" tornou-se uma verdadeira máquina de fazer dinheiro quando a Disney comprou a sua produtora, Lucasfilm, em 2012.
"Os Últimos Jedi", escrito e dirigido pelo americano Rian Johnson, chega num momento de fervor máximo pela série.
O cineasta convidou todos os atores ao palco e fez uma homenagem emocionada a Carrie Fisher, a inesquecível Princesa Leia, que faleceu de um ataque do coração em dezembro de 2016, aos 60 anos.
Os 6.300 convidados para a exibição, entre eles milhares de fãs que conseguiram um passe especial, uniram-se num grande aplauso quando Fisher apareceu no grande ecrã. A atriz já tinha gravado as suas cenas do filme quando morreu.
Apesar da Lucasfilm ter colocado um embargo à imprensa até às 17h00 de terça-feira para impedir a divulgação de detalhes do filme, os fãs inundaram as redes sociais com reações entusiasmadas.
"Estou no paraíso dos geeks", escreveu Jenna Bush, do site LegionofLeia.com. É uma produção "totalmente diferente, apaixonante, surpreendente", manifestou Peter Sciretta, do portal slashfilm.com.
A febre de "Star Wars" deve-se principalmente "ao simbolismo construído ao redor da luta do Bem contra o Mal", explicou na semana passada, numa mesa redonda, Gwendoline Christie, que interpreta a capitã Phasma.
"Acredito que seja porque o mundo em que vivemos está a mudar e a evoluir para um lugar que mantém a simplicidade desses elementos", apontou.
Os problemas na Resistência
Esta nova produção, filmada na costa oeste da Irlanda e nos estúdios Pinewood, de Londres, gira em torno da luta entre Rey (Daisy Ridley), herdeira dos Jedi, e Kylo Ren (Adam Driver), principal ameaça do Império.
Os dois encarnam, junto com Finn (John Boyega), Poe Dameron (Oscar Isaac) e a capitã Phasma, a nova geração da terceira trilogia.
Enquanto Han Solo, Yoda e Darth Vader morreram, Luke Skywalker (Mark Hamill) continua vivo e terá um papel fundamental na formação de Rey, segundo os trailers deram a entender.
Apesar do mistério que envolve "Os Últimos Jedi", este novo episódio pode marcar o início de uma etapa mais negra para a Resistência, o que suscita comparações com "Star Wars: o Império Contra-Ataca" (1980), filme central da primeira trilogia.
Boyega adiantou que "nenhum filme de 'Star Wars' explora a guerra da forma como 'Os Últimos Jedi' o faz".
"É uma situação muito m", assinalou Isaac na mesa redonda. "A Resistência está coxa".
A Resistência deve, em qualquer caso, manter algumas de suas peças essenciais para o nono episódio, previsto para 2019, e facilitar a transição para a nova trilogia que a Disney anunciou há pouco tempo.
Veja o trailer do filme:
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