No último dia, o rock que dá nome ao festival foi representado bem com os The Blinders. No arraque do último dia do festival, o público foi surpreendido pelo power trio de rock alternativo de Doncaster, Reino Unido.

Os membros da banda estavam em ponto de ebulição e tocaram com um entusiasmo admirável e inspirador. As linhas de baixo, a bateria firme e pesada, a guitarra distorcida com um fuzz no melhor estilo de banda de garagem, os vocais rasgados e as letras poéticas mostraram de vez que é de coisas assim que queremos mais e mais nos próximos cartazes.

Do outro lado do recinto e de branco dos pés à cabeça, o português ProfJam fez uma analogia direta ao seu recente álbum, intitulado "#FFFFFF" (que é o código hexadecimal da cor). Os fãs estiveram totalmente vibrantes desde a intro, ao som de 'A Palavra', até o ápice com 'À Vontade'; quando a mãe do artista foi convidada a subir ao palco para ser homenageada.

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"Quero chamar ao palco uma pessoa muito importante. Se não fosse a minha mãe e o meu pai, eu não estaria aqui a ver-vos todos à minha frente", disse o músico. Foi muito bonito ver todo o carinho e gratidão de ProfJam para com a mãe Fátima.

Além da festa de ProfJam, o tranquilo e querido músico brasileiro Rubel já tinha espalhado muitos sorrisos na outra ponta do Meco. E a actuação electrónica dos Gorgon City no palco EDP fez o público dançar incessantemente.

Na sequência, Janelle Monáe foi poderosíssima. A artista trouxe o último concerto da digressão "Dirty Computer Experience", que rodou o mundo a promover o seu registo de estúdio mais recente.

Com os fortes temas "Crazy, Classic, Life", "Q.U.E.E.N" e "Electric Lady", Monáe demonstrou todo o seu talento vocal. Mas, foi com "Django Jane" que a cantora ativista provou toda a magnitude do seu empoderamento feminino.

No final, além de uma homenagem ao falecido Prince (por parte do guitarrista Kellindo, que reproduziu com muito virtuosismo cada palhetada do solo de "Purple Rain"), houve também momento para um discurso político. Janelle falou à plateia: "Temos que continuar a lutar pelas mulheres, pelas mulheres trans, pelos cidadãos LGBTQ+, pelos direitos dos trabalhadores, pelos imigrantes... O ser humano não deveria viver em jaulas... Os negros... E lutar contra a corrupção, contra aqueles que abusam do poder e os agentes do ódio. Vamos impugnar Donald Trump".

Os Migos

O palco do Super Bock Super Rock estava então pronto para que os Migos conduzissem todos os festivaleiros com as suas batidas empolgantes e refrães marcantes.

Com pouco mais de uma hora de apresentação e hits como 'Stripper Bowl', 'Open It Up', 'Kelly Price', 'Bad and Boujee', 'T-Shirt' e a mais adorada e ovacionada 'Walk It Talk It', ficou a impressão de que eles vão regressar a Portugal muito em breve.

O SBSR19 já deixou saudade no seu um quarto de século. Que venham mais 25 anos deste festival que é sempre sinónimo de boa música.

 

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