Dois minutos. Tudo pronto.  Luzes ligadas e começa o hino da Eurovisão, seguido do vídeo genérico da edição deste ano. Logo depois, as apresentadoras subiram a palco. Assim arrancou o ensaio final da segunda semifinal do festival que se realiza pela primeira vez em Portugal.

No arranque, as apresentadora ensinaram o público internacional a dizer "olá" em português.

A semifinal desta quinta-feira abre com a atuação da Noruega, o país que mais vezes ficou em último lugar - 11 vezes, quatro das quais com zero pontos. Mas o país também já conquistou várias vezes o troféu três vezes (1985, 1995 e 2009) - este ano espera repetir o feito e para isso conta com um vencedor, Alexander Rybak.

No ensaio geral, o tema foi um dos mais aplaudidos pelo público presente na sala lisboeta que acolhe as duas semifinais e a final do Festival Eurovisão da Canção.

Entre as atuações, a equipa de produção garante que a cenografia do palco é alterada rapidamente - entre cada canção há apenas 40 segundos para fazer todas as montagens. Nas pausas para os bilhetes postais que antecedem as actuações de cada país, há sempre limpezas em palco.

Com uma série de bonecos pretos com máscaras brancas, a Romênia foi o segundo país a ensaiar no palco da Altice Arena. Apesar da forte presença em palco e dos jogos de luz, a canção dos The Humans não cativou o público.

A Sérvia será o terceiro país a subir a palco esta quinta-feira. A atuação de Sanja Ilić e Balkanika é enriquecida com os jogos de luzes em tons de amarelo e vermelho.

Este ano, São Marino escolheu Jessika e Jenifer Brening e o tema "Who We Are". Durante a atuação, quatro pequenos robôs chamam a atenção do público e as interpretes fazem pequenos passeios pela passadeira frontal do palco. O tema com beats fortes parece não chegar para agarrar o público.

Rasmussen, nome artístico de Jonas Flodager Rasmussen, tem 33 anos e já participou em musicais como “West Side Story” e “Os Miseráveis”, bem como em concertos de tributo a Elton John, Paul McCartney ou ABBA. A canção "Higher Ground", inspirada no 'viking' Magnus Erlendsson e na sua recusa em participar na Batalha de Anglesey, em 1098, por defender a não-violência, é uma das com mais impacto em todo o espetáculo.

A atuação da Dinamarca é uma das mais fortes da segunda semifinal. Com 'barcos' em pano de fundo, os artistas que representam o país estão vestidos como vikings e apostam numa coreografia com garra. No ensaio geral, Rasmussenfoi o grande destaque.

Depois da Dinamarca, foi a vez da Rússia ensaiar no palco da Altice Arena. Julia Samoylova apresenta-se em palco em cima de uma montanha e faz-se acompanhar por dois bailarinos e um coro de três vozes.

Julia Samoylova é uma cantora e compositora nascida em 1989 que desde a infância usa uma cadeira de rodas. Foi finalista da versão russa do programa X-Factor e em 2017 foi a escolhida para representar a Rússia na Eurovisão.

No entanto, a Ucrânia, que acolhia nesse ano o concurso em Kiev, impediu a cantora de entrar no país, já que esta tinha atuado em junho de 2015 na Crimeia, cerca de um ano após a anexação da península ucraniana pela Rússia.

Depois de apresentadas as primeiras seis canções, Filomena Cautela conversou com Alexander Rybak, perguntando-lhe qual o significado da vida.

No ensaio, segui-se a atuação da Moldávia. Os DoReDoS apresentam uma das atuações mais divertidas da segunda semifinal, conquistando a alegria do público. A performance do grupo é marcada pelo ritmo e pelas luzes coloridas.

Eurovisão

Já a Holanda foi o oitavo país a ensaiar. Waylon foi o escolhido e trouxe consigo uma canção rock cheia de energia. Durante a atuação, o músico está acompanhado por quatro músicos - na verdade, nenhum deles toca os instrumentos porque são pré-gravados, sendo só a voz ao vivo.

Antes da Austrália, Filomena Cautela conversou com elementos da produção que simularam fazer parte da equipa do representante da Áustria.

Com um vestido brilhate e com o palco em tons de preto, Jessica Mauboy (Austrália) mostrou estar totalmente em palco e com as câmaras - durante o ensaio, quatro ecrãs no topo da Altice Arena mostram como será a transmissão televisiva; já na Green Room há sete LCDs.

A atução da cantora, que apresentou "We Got Love", conquistou todos os presentes. Jessica Mauboy é uma das artistas com mais sucesso na Austrália. Saltou para a ribalta em 2006 quando, aos 16 anos, participou no programa "Ídolos", tendo desde então lançado cinco álbuns que atingiram o top 10.

Rodeados por fumo branco, a Geórgia apresenta este ano um trio. Ethno-Jazz Band Iriao cantaram  "For You" no ensaio geral, mas não conquistaram muitas reações.

Gromee (Polónia) será o primeiro a trazer fogo de artifício à segunda semifinal. Durante a atuação, o cantor passeia pelo palco e está acompanhado por um coro, um "DJ" e um guitarrista.

Christabelle, de Malta", apresenta este ano "Taboo". A canção com batidas eletrónica e jogos de luz transporta-nos quase para uma discoteca, mas não conveceu o público que assistia ao ensaio a dançar. Será diferente no espetáculo em direto?

Os AWS, formados em Budapeste e 2006 e que se descrevem como uma “banda de metal moderna com atitude”, vão representar a Hungria com uma música cantada na língua materna. Fogo, saltos ao ritmo dos acordes e a energia do vocalista marcaram o ensaio do grupo. Para alguns fãs, o país ainda pode surpreender e conquistar um lugar de destaque.

Depois dos AWS transformarem a Altice Arena num concerto de metal, chegou a vez da Letónia ensaiar. A representar este ano o país, que se estreou no festival em 2000 e não falhou uma edição desde então, está Laura de Carvalho Rizzotto, de 23 anos, que nasceu no Rio de Janeiro, onde vive, e é bisneta de portugueses, por parte da mãe, e de uma letã, por parte do pai.

Antes das atuações de Montenegro, Suécia, Eslovénia e da Ucrânia, Filomena Cautela conversou com os concorrentes da Green Room. Nesta segunda semifinal, a julgar pelo ensaio geral, a apresentadora irá destacar-se.

Ao contrário do alinhamento geral, Montenegro, Estónia, Ucrânia atuaram antes da Suécia no ensaio geral. Vanja Radovanović (Montenegro) não surpreendeu o público, apostando numa atuação simples. Já a concorrente da Estónia, Lea Sirk, apesar de estar no fim do top das casas de apostas conquistou a imprensa e fãs presentes no ensaio.

Durante a atuação, a cantora da Estónia finge que há uma falha no som do instrumental e pede a ajuda do público para cantar “Hvala, ne!”,  tema cantado em esloveno.

Apesar de só ter começado a participar no concurso em 2003, a Ucrânia soma já duas vitórias (2004 e 2016) e nunca falhou uma final. Este ano, cabe a MELOVIN, de 21 anos, defender as cores da bandeira ucraniana, com um tema cantado em inglês. No início da atuação, o cantor sai de dentro de uma espécie de caixão, terminando rodeado por chamas.

Depois da Ucrânia foi a vez da Suécia ensaiar. Benjamin Ingrosso é um dos favoritos desta segunda semifinal e provou estar totalmente preparado para mostrar os seus dotes para a dança e canto em palco. A atuação simples conquistou uma das maiores ovações da tarde.

Além destes países,  Alemanha, França e Itália também ensaiaram.

Portugal, por ser o país anfitrião, está automaticamente apurado para a final. Cláudia Pascoal dá a voz ao tema “O Jardim”, composto por Isaura, que é hoje apresentado na primeira semifinal. Alemanha, França e Itália também só competem na final, mas por fazerem parte do grupo dos chamados ‘Big 5’ (que inclui ainda Espanha e Reino Unido), os países que contribuem com mais verbas para a European Broadcasting Union (EBU, na sigla em inglês), que organiza o concurso.

Dos 18 países em competição na quinta-feira, os dez com maior pontuação passam para a final, marcada para sábado. A pontuação é decidida por televoto (com um peso de 50%) e por júris nacionais (outros 50%). Todos os júris dos países que competem na semifinal irão votar, bem como os júris de Alemanha, França e Itália.

O Festival Eurovisão da Canção é realizado pela EBU em parceria com a RTP, em Lisboa.