À terceira, foi de vez. Depois de dois concertos no NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés, Sam Smith voltou a Portugal para o seu primeiro concerto a solo. No palco da Altice Arena, em Lisboa, o cantor britânico viajou pelos seus dois discos de originais que o tornaram num fenómenos mundial. E o sucesso do músico ficou claro com a gritaria com que foi recebido na noite desta sexta-feira, 18 de maio.
Às 22h00 em ponto, Sam Smith apareceu no centro do palco, sentado numa cadeira, ao som de "Burning", single do disco "The Thrill of It All" (2017) - foi assim em toda a digressão europeia. E é preciso uma certa coragem para abrir um espetáculo para mais de 15 mil pessoas com uma balada, ao piano, tão pessoal - o tema é sobre um relacionamento fracassado.
O cenário simples e sem fogo de artifício, fizeram contraponto com o que aconteceu nos espetáculos do Festival Eurovisão da Canção, há uma semana. No arranque, houve silêncios entre as palavras e emoção na voz, com Sam Smith a deixar à vista de todos os seus sentimentos.
O alinhamento seguiu com "One Last Song" e o ritmo acelerou, mas por pouco tempo. Logo depois, Sam Smith voltou a abrir o confessionário para "I'm Not The Only One", sobre uma promessa quebrada numa antiga paixão - o tema fez parte do disco "In the Lonely Hour", de 2014. Numa só voz, o público cantou verso a verso a canção, com todos os sentimentos à flor da pele.
O amor, os relacionamentos falhados, as alegrias e as tristezas das paixões estiveram na Altice Arena, pela voz e pelas palavras de Sam Smith. A cada da canção, a viagem pelas emoções foi ficando mais intensa - no desfile das canções, seguiu-se "Lay me Down" e "Omen".
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À sexta música, houve ritmo para alguns passos de dança suaves ao som de "Nirvana", tema que o cantor britânico gravou com o duo Disclosure. "Writing's On The Wall", "Latch", "Money on My Mind", "Restart", "Baby, You Make Me Crazy" e "Say it First" seguiram-se no alinhamento, marcando os momentos com mais acordes e beats animados.
"Scars", "Midnight Train" e "HIM" também não ficaram de fora do concerto em Lisboa, levando o público numa viagem pelos momentos menos bons das histórias de amor. Seguiu-se no alinhamento "Too Good at Goodbyes", uma carta aberta de Sam Smith sobre a mágoa deixada por um antigo relacionamento. O single de "The Thrill of It All" foi abraçado pelo público e um dos mais aplaudidos da noite.
Depois de um até já, na meta final, houve ainda tempo para "Palace", onde o cantor britânico assume que teve a 'cabeça em ruínas' devido ao amor - o romance é o tema comum a todos os temas do músico, que arrancou muitas lágrimas ao público que encheu a Altice Arena.
O ponto alto da noite chegou com "Stay With Me", um dos maiores sucessos da carreira de Sam Smith. "Oh, won't you stay with me? 'Cause you're all I need. This ain't love, it's clear to see... But darling, stay with me", pediu o público a uma só voz, num momento de harmonia perfeita com Sam Smith. Foi um dos grandes momentos do concerto e que foi registado por quase todos os smartphones.
"Pray" foi o tema que Sam Smith escolheu para fechar o espetáculo. A canção final garantiu uma grande ovação e a promessa de um regresso em breve.
Durante uma hora e meio, o músico britânico provou que o seu maior trunfo é a voz - domina com uma facilidade todas as notas. Na noite desta sexta-feira, em Lisboa, Sam Smith conquistou todos os que encheram a Altice Arena e provou mais uma vez porque é que é um dos artistas mais acarinhados da atualidade.
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