Desde o início do mês, os vários países a concurso no Festival Eurovisão da Canção fizeram, no total, mais de 100 ensaios. Um dos últimos da grande final decorreu ao início da tarde desta sexta-feira, 11 de maio, na Altice Arena, em Lisboa, e serviu para pôr a máquina 'eurovisiva' a funcionar a 100% - tudo tem de funcionar na perfeição e não há espaços para improvisos porque, afinal de contas, é um dos programas televisão mais visto do mundo, apenas atrás do Super Bowl (em 2017, os três espetáculos ao vivo realizados em Kiev, na Ucrânia, alcançaram cerca de 182 milhões de pessoas em 42 mercado).
Os 26 finalistas - Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Áustria, Estónia, Chipre, Lituânia, Israel, República Checa, Bulgária, Albânia, Finlândia, Irlanda, Sérvia, Moldávia, Hungria, Ucrânia, Suécia, Austrália, Noruega, Dinamarca, Eslovénia e Holanda - começaram a ensaiar poucos minutos depois das 13h00 na sala lisboeta que acolhe o festival.
A final do festival vai começar com silêncio, porque se vai cantar o fado. Ana Moura será a primeira a subir ao palco Festival Eurovisão da Canção com "Sou do Fado". Logo depois, Mariza subirá a palco para cantar "Barco Negro", acompanhada por um grupo de bombos. As duas artistas também estiveram no ensaio desta sexta-feira.
O ensaio geral da final seguiu com os Beatbombers e com a banda sonora oficial do festival, dando início ao desfile das bandeiras dos vários países por ordem de atuação. Portugal, por ser o país anfitrião, foi o último a subir a palco e assim será no espetáculo de sábado, 12 de maio.
Tal como na segunda semifinal, Daniela Ruah, Catarina Furtado, Sílvia Alberto e Filomena Cautela começaram cumprimentar o público. "Boa noite, Europa. Bom dia, Austrália", disseram as apresentadoras.
Para garantir que todos os adereços entram em cena em 40 segundos (tempo dos bilhetes postais emitidos na televisão), uma equipa com mais de uma dezena de pessoas entra em palco. É assim entre todas as atuações dos 26 finalistas do concurso.
A Ucrânia, este ano representada por Melovin, vai abrir o espetáculo e foi o primeiro país a ensaiar - a ordem de atuações das 26 canções a concurso no festival foi conhecida horas depois de terminar a segunda semifinal, que decorreu na noite desta quinta-feira, 10 de maio, na Altice Arena. Depois de sorteada em que metade iriam atuar os países, a organização decidiu o alinhamento do espetáculo.
Espanha, um dos 'big five', foi o segundo país a ensaiar. A dupla Alfred e Amaia apresentaram "Tu Canción" e prometem aquecer os corações do público na grande final.
Depois da viagem por terras de 'nuestros hermanos', Lea Sirk levará o público a passear até à Eslovênia com "Hvala, ne!". Na conferência de imprensa depois da segunda semifinal, a artista confessou que compôs o tema em 10 minutos e que já está ansiosa por escrever a próxima canção. No ensaio geral, a atuação recebeu um forte aplauso.
No alinhamento, depois da energia música eletrónica de Lea Sirk, segue-se um momento de tranquilidade com "When We’re Old", de Ieva Zasimauskaitė (Lituânia). "Tão querida, tão fofa", foram alguns dos comentários que se ouviram durante o ensaio.
O teste final antes do espectáculo para o júri seguiu com Cesár Sampson, o representante escolhido para representar Áustria. Na atuação, o músico surge no topo de uma plataforma elevatória e está acompanhado por um coro de cinco vozes.
Com um bilhete postal gravado em Sintra, Elina Nechayeva, da Estónia, apresentou "La Forza", uma tema lírico. Na atuação, a artista usa um vestido com projeções. Seguiu-se um repente nestas lides 'eurovisivas': Alexander Rybak, que já venceu a Eurovisão, conquistou um lugar na final com "That's How You Write A Song". Durante a atuação no ensaio geral, o norueguês mostrou estar totalmente à vontade em palco, fazendo olhares fortes para as câmaras.
Depois da animação de Alexander Rybak, foi a vez da dupla portuguesa ensaiar no palco da Altice Arena. Cláudia Pascoal surge sozinha em palco, rodeada por luzes em tons de amarelo. Isaura junta-se à cantora a meio da canção, para o verso com mais batidas. No ensaio geral, o tema recebeu aplausos e elogios do público.
Antes do Reino Unido, Filomena Cautela conversou com figurantes que simularam fazer parte da delegação da Estónia. A apresentadora agradeceu ainda a presença de todos os jornalistas e fãs no ensaio.
A britânica SuRie apresentou "Storm" e, apesar de estar no final da tabela nas casas de apostas, animou o público. Depois da festa do Reino Unido, que faz parte dos 'big five', seguiu-se um momento mais calmo e protagonizado por Sanja Ilić e Balkanika, da Sérvia. O tema "Nova Deca" conquistou um lugar na final para surpresa de muitos dos fãs do festival.
No alinhamento seguiu-se mais uma balada. Michael Schulte, "o Ed Sheeran alemão", apresentou "You Let Me Walk Alone" e mereceu um grande aplauso durante o ensaio geral da final. A animação regressou ao palco com o albanês Eugent Bushpepa.
Os franceses Madame Monsieur subiram a palco com "Mercy" - a França também faz parte dos 'big five'. O tema está entre os favoritos para vencer e recebeu uma das maiores ovações no ensaio geral.
Para se apresentar ao mundo eurovisivo, Mikolas Josef gravou o seu bilhete posta com os Caretos, personagens de Trás-os-Montes e Alto Douro. Em palco, o concorrente da República Checa não arriscou repetir o salto mortal, que lhe provocou uma lesão no primeiro ensaio, mas mostrou alguns passos de dança. O tema “Lie To Me” do jovem de 22 anos animou a Altice Arena.
Seguiu-se a atuação de Rasmussen, nome artístico de Jonas Flodager Rasmussen - o músico de 33 anos já participou em musicais como “West Side Story” e “Os Miseráveis”, bem como em concertos de tributo a Elton John, Paul McCartney ou ABBA.
A canção "Higher Ground", inspirada no 'viking' Magnus Erlendsson e na sua recusa em participar na Batalha de Anglesey, em 1098, por defender a não-violência, é uma das com mais impacto no ensaio geral.
A atuação da Dinamarca foi uma das mais fortes da segunda semifinal. Com 'barcos' em pano de fundo, os artistas que representam o país estão vestidos como vikings e apostam numa coreografia com garra.
Diretamente da Austrália para o palco do festival, Jessica Mauboy é, nas palavras de Pedro Granger, um "anjo da Eurovisão". Tal como na segunda semifinal, a cantora vai usar um vestido brilhante.
Jessica Mauboy é uma das artistas com mais sucesso na Austrália - saltou para a ribalta em 2006 quando, aos 16 anos, participou no programa "Ídolos", tendo desde então lançado cinco álbuns que atingiram o top 10. A experiência da cantora é clara durante a atuação que promete fazer o público dançar na final.
Antes da atuação da Finlândia, cantora suíça Lys Assia, conhecida por ser a vencedora do primeiro Festival da Eurovisão da Canção, que faleceu a 24 de março, será homenageada.
Saara Aalto, uma das artistas mais acarinhadas pelos fãs da Eurovisão, apresenta “Monsters” numa espécie de trono de leds giratório. A cantora, a pessoa finlandesa mais pesquisada no motor de busca Google em 2017, terminou o ensaio rodeada por uma chuva de fogo de artifício.
A Bulgária conquistou um lugar na final na primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção. Este ano, o país é representado pelo grupo Equinox, formado especificamente para a Eurovisão e composto por cinco elementos que nunca tinham atuado juntos. A canção "Bones" tem conquistado cada vez mais fãs.
A Moldávia apresenta este ano um dos temas mais animados de todo o festival. No ensaio geral, "My Lucky Day", dos DoReDoS, conquistou todo o público e animou alguns membros da equipa de produção que aproveitaram para descontrair um pouco durante o tema.
Benjamin Ingrosso provou estar totalmente preparado para mostrar os seus dotes em palco. O ensaio do músico sueco decorreu sem problemas técnicos - no ensaio geral da segunda semifinal, o cantor foi o último a subir a palco devido a um problema com as luzes.
A atuação simples conquistou uma das maiores ovações na Altice Arena, apesar da performance estar preparada especialmente para a televisão.
Os AWS, formados em Budapeste e 2006 e que se descrevem como uma “banda de metal moderna com atitude”, representam Hungria com uma música cantada na língua materna. Fogo, saltos ao ritmo dos acordes e a energia do vocalista marcaram a atuação que se destaca de todas as outras. Será que será o suficiente para dar a vitória ao país?
A festa seguiu com Netta, de Israel. "Toy" é um dos temas favoritos, apesar de ter sido ultrapassada pelo Chipre nos últimos dias. No vivo o tema anima o público e muitos dos fãs ainda acreditam que é possível uma vitória.
Depois de Netta animar o público no ensaio geral, o country dominou a Altice Arena. Em palco, Waylon, da Holanda, está acompanhado por quatro músicos - na verdade, nenhum deles toca os instrumentos porque são pré-gravados, sendo só a voz ao vivo.
A tranquilidade voltou logo depois à sala lisboeta com o irlandês Ryan O’Shaughnessy, de 25 anos - o músico tornou-se conhecido do público aos oito anos, como ator na telenovela "Fair City" - aos 17 anos decidiu que a música era prioritária na sua vida e decidiu abandonar o elenco. No palco da Eurovisão, o cantor apresentou uma balada, “Together”, que aqueceu os corações do público na primeira semifinal.
A penúltima a ensaiar foi Eleni Foureira, a grande favorita a vencer o festival. Tal como na primeira semifinal, a cantora que representa o Chipre deixou o público ao rubro com “Fuego”.
O último país a ensaiar foi a Itália - Ermal Meta e Fabrizio Moro serão também os últimos a atuar na final deste sábado, 12 de maio.
Depois de abertas as linhas do televoto, Branko, Sara Tavares, Dino D' Santiago e Mayra Andrade subiram a palco para "cantar Lisboa". No ensaio geral, os músicos repetiram a atuação devido a falhas técnicas.
Salvador Sobral e Caetano Veloso também vão atuar na final da Eurovisão, mas não estiveram presentes no ensaio geral - a dupla apenas ensaiou na Altice Arena depois de todos os jornalistas saírem da sala.
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