"Pra Cima de Puta" é o novo livro de Cristina Ferreira e chegou às livrarias e supermercados de todo o país esta sexta-feira, 20 de novembro, com chancela da Contraponto. O livro pode também ser comprado online.

"Em função do elevadíssimo número de encomendas em pré-venda, a editora avançou já com a reimpressão deste título, pelo que ainda antes de chegar ao mercado o livro 'Pra Cima de Puta' já está em segunda edição", explica a editora em comunicado.

A Contraponto frisa que, "com um título provocatório e com conteúdo verdadeiramente chocante, este novo livro de Cristina Ferreira é um convite da autora ao debate, à discussão pública da violência gratuita na Internet e nas redes sociais e respetivas consequências. O livro inclui uma forte - e potencialmente perturbadora - componente gráfica a acompanhar o texto de Cristina Ferreira".

Em comunicado enviado ao SAPO Mag pela Contraponto, Cristina Ferreira apresenta o livro na primeira pessoa. Leia o texto da apresentadora:

Este livro é sobre a violência e sobre a necessidade urgente de mudar. Com ele, pretendo confrontar-nos com a impunidade das agressões que, nas redes sociais, se dirigem não interessa a quem ou com que consequências.

Muitos considerarão que este título e o que aqui mostro constituem mais uma provocação. É verdade, este livro é uma provocação, uma chamada de atenção. Mas é também um testemunho que acredito que posso deixar. É uma parte da História e da história das pessoas que, impunemente, optam por agredir. Esta maledicência, esta imensa maldade, num mundo que precisa tanto do oposto, surge porquê? O que leva o ser humano a escrever este tipo de comentários? Um dia, daqui a muito tempo, alguém pegará neste livro e conseguirá entender como eram as redes sociais nesta década do século XXI. Talvez encontre algumas pistas.

O que aqui mostro pretende ser uma abertura de caminho para uma análise sociológica que é preciso fazer. Não é para terem pena de mim ou da minha família. É para percebermos que mulheres e homens atacam ferozmente. Na maioria das vezes, sem conhecimento de causa, por inveja pura e simples ou por qualquer outro sentimento que os especialistas saberão identificar melhor do que eu.

Quero que este debate se faça. Sou uma profissional da área da comunicação e chego a muita gente. Quero usar essa influência para tentar criar reflexão e discussão em torno de algo que não me afeta só a mim, de algo que me parece que faz de nós, enquanto sociedade, gente menor do que poderíamos ser.