Ao longo de quatro capítulos, vamos acompanhar Ruth Ellis, uma jovem na casa dos 20 e o seu estilo de vida como gerente de um clube noturno, assim como a sua relação turbulenta e violenta (enquanto vítima) com o homem que depois matou a sangue-frio.

Um visão biográfica e histórica sobre os pormenores da sua prisão, julgamento e consequente batalha legal, para conseguir que fosse libertada antes de ser enforcada, assim como a forma como lidou com tudo isto, ao longo dos seus últimos meses de vida.

Aqui, faz-se o retrato de como as instituições judiciais e políticas, sob a capa de estarem a aplicar as leis e a justiça que protegem os cidadãos, podem ser surdas, cegas e “frias máquinas” sem clemência. É o problema de quando se faz tábua rasa do dramático contexto que pode levar uma vítima a um mental ponto de rutura, fazendo-a praticar o que está errado (como um homicídio) quando sente que não tem escapatória. O júri que condenou Ruth Ellis apenas demorou 20 minutos a tomar a decisão, com base numa simples resposta dada pela ré. Preferiu-se seguir a milenar e anacrónica Lei de Talião, onde se preconiza o “olho por olho, dente por dente"… com muito preconceito social à mistura.

*Para ver nas noites de domingo da RTP2, às 22h00, a partir do dia 15 de junho. Poderá estar igualmente disponível na RTP Play.