“Atingimos as 95.000 pessoas ao longo dos quatro dias e ficámos muito próximos do nosso objetivo, que era as 100.000. Foi um recorde, embora este tenha sido o único ano em que tivemos quatro e não três dias de festival. No ano passado chegámos às 71.000 pessoas”, afirmou à agência Lusa Jorge Lopes, da Pev Entertainment, que promove o evento em parceria com a Câmara Municipal de Gaia.

Adiantou ainda que para o ano está já assegurada a 11ª edição do festival de música, a decorrer nos dias 18, 19 e 20 de julho, no mesmo local.

“O cartaz ainda está por definir, mas vamos começar a partir de amanhã [segunda-feira, 23 de julho] a trabalhar em 2013”, garantiu Jorge Lopes.

De acordo com o promotor, a noite de sexta-feira foi “o ponto alto” do Marés Vivas, com a atuação de Billy Idol a esgotar a lotação de 25.000 pessoas do festival.

“Mas na quinta-feira [em que atuaram os Gun, The Cult, Garbage e Kaiser Chiefs] ficámos a 300/400 bilhetes de esgotar e no sábado [com as atuações de Mónica Ferraz, The Hives, Anastácia e Pedro Abrunhosa] tivemos 22/23.000 pessoas. Só na quarta-feira [dia de The Sounds, Wolfmother e Franz Ferdinand] é que foi um bocadinho mais abaixo, com 21.000 pessoas”, disse.

Considerando que os vários artistas presentes não desiludiram e protagonizaram “grandes concertos”, Jorge Lopes destacou a presença de “cada vez mais espanhóis” em cada edição do Marés Vivas.

“No início desta edição do festival tínhamos cerca de 7.000 bilhetes vendidos em Espanha, mas acho que esse número foi largamente superado. Notámos que havia muita gente a falar espanhol, mas as outras vendas foram feitas no local e essas não são contabilizadas por nacionalidade”, explicou.

Para a organização, “este tornou-se, efetivamente, um festival prioritário para o norte de Portugal e para a Galiza. “É um festival preferencial para os galegos, que não têm lá nada com relevo, e notamos que, ano após ano, já temos alguma fidelidade desse público”, sustentou.

Para Jorge Lopes, não foi a crise que impediu a concretização da meta dos 100.000 festivaleiros, até porque o bilhete diário de 30 euros é apontado pela organização como o “mais barato” no circuito dos festivais europeus.

“Não acho que tenha sido a crise a impedir esse objetivo. A fasquia que colocámos era exageradamente alta, porque estávamos a falar em esgotar as quatro noites do festival, o que não é uma coisa fácil de se conseguir, muito menos no norte”, afiançou.

Ainda assim, os promotores admitem que “o tempo ajudou muito”. “Este ano fomos, finalmente, brindados com a ajuda do S. Pedro e tivemos todas as noites muito boas e uns dias fantásticos. E já merecíamos, porque os outros festivais têm tido anos com belíssimas temperaturas e nós temos sido fustigados com algum frio e alguma chuva”, afirmou Jorge Lopes.

@SAPO com Lusa.