A cantora e compositora Mae Muller vai representar o Reino Unido na 67ª. edição do Festival Eurovisão da Canção. A artista vai apresentar o tema “I Wrote A Song", que já se encontra disponível em todos os serviços de streaming de música.
O tema foi escrito por Mae Muller em parceria com Lewis Thompson (David Guetta, Joel Corry e "Bed", de Raye) e Karen Poole, que já trabalhou com Kylie Minogue, Lily Allen ou David Guetta.
Conhecida pelas suas letras contundentes e diretas, Mae Muller foi uma das artistas em destaque no MTV Push de 2022. Em julho do ano passado, a jovem londrina estreou-se no palco do Isle of MTV Malta, o maior festival gratuito da Europa, e conversou em exclusivo com o SAPO Mag antes do concerto.
"Ainda não fui a Portugal. Mas está na minha lista, de certeza", frisou a artista de 24 anos que começou a dar nas vistas com o EP "no one else, not even you", de 2020, repleto de canções com letras forte e mensagens para os ex-namorados.
"Sempre fui obcecada por música, desde muito jovem. Ouvia Florence + The Machine ou Lily Allen e, por isso, cresci a ouvir estas mulheres incríveis que sabiam como contar uma história. Mas cheguei ao mundo da música tarde. Lancei a minha primeira canção quando tinha 19 anos e, por isso, só aí comecei a minha viagem de forma profissional. Mas sempre soube que era algo de que eu gostava", confessou a artista ao SAPO Mag.
"Em casa, a minha família não se interessava muito - o que agradeço -, mas sempre me apoiaram a 100%. Não canto muito quando estou só com eles... na escola costumava participar nas festas e era bom subir a palco e cantar. Tirando isso, a Zara, que é a minha melhor amiga e maquilhadora, é que acompanha tudo. Mas quando vamos a um bar vamos beber e não cantar", brincou Mae Muller.
A britânica revelou a sua primeira canção, "Close", há cinco anos, quando tinha 19 anos. "Senti pressão quando partilhei a minha primeira canção. Acho que vais sempre sentir um pouco de pressão e não importa quantas vezes te digam que 'está bem, desde que tu gostes...'. Mas quero que as outras pessoas também gostem. Por isso, quando lancei a minha primeira canção, não fazia ideia de como funcionava ou quem iria ouvir... era uma novata. Ninguém sabia quem eu era", recordou a cantora, acrescentando que se sentiu "realizada" por conseguir fazer música.
Ainda a dar os primeiros passos na carreira e a conquistar fãs em todo o mundo gradualmente, Mae Muller confessou ao SAPO Mag que tenta não se comparar a outras artistas. "Para mim, o maior desafio é com a própria mente porque, desde o início, comparo-me bastante e acho que é o que muitas pessoas fazem, especialmente as mulheres. Somos sempre ensinadas a comparar e a competir para saber quem é melhor, quem faz isto, quem faz aquilo. Acho que isso está sempre um pouco enraizado na minha cabeça, mas estou a ficar melhor e trabalhar para isso. Tens de te concentrar na tua viagem, a de todos os outros é tão diferente", confessou ao SAPO Mag. "O principal desafio tem sido mesmo tentar não me comparar com os outros", contou.
Desde o início, Mae Muller decidiu escrever canções inspiradas na sua vida, nomeadamente nas suas relações: "Acho que a minha parte favorita é atuar ao vivo. Supera tudo. Adoro e acho que tenho muita sorte por ter essa sensação, porque não fico com medo do palco. Obviamente que fico com nervos, mas aproveito mesmo. Claro que escrever canções é importante para mim e dou tudo nessa parte, mas, às vezes, é emocionalmente cansativo. É bom, faz parte do processo criativo. (...) A parte mais difícil é escrever uma canção e cantá-la é a parte divertida".
"O meu processo criativo é sempre diferente. Gostava muito de ter uma fórmula que funcionasse sempre. Às vezes vou ao estúdio e não tenho ideias porque não há nenhum rapaz a chatear-me, não há drama. Quando a visa é bastante pacífica, às vezes, é complicado encontrar coisas sobre as quais escrever", confessou.
"Better Days" foi a canção que apresentou Mae Muller ao mundo: "O processo de criação da canção foi muito divertido. Foi um pouco assustador porque estava na dúvida se ia acontecer porque, quando colaboras com outras pessoas, não se trata apenas de ti. Todos têm de estar felizes, isso é muito importante, mas é complicado. No geral, foi tudo incrível. NEIKED e Polo G são tão talentosos e adoro-os. Conheço os NEIKED há anos, trabalhámos juntos, escrevemos juntos e, por isso, quando nos juntámos foi tudo bastante orgânico e natural. O Polo G não conhecia, mas era uma grande fãs. Quando falámos, ele adorou a canção e fiquei: 'oh meus Deus'".
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