Uma das mais inovadoras bandas norueguesas de todos os tempos e uma das grandes revelações do metal aventureiro dos últimos anos juntam-se, assim, aos lendários thrashers Overkill e aos enigmáticos Enslaved, num cartaz que, à semelhança das edições transatas, “tem tanto de bom para oferecer aos fanáticos das franjas mais tradicionais do som extremo como aos das mais vanguardistas”.

Os bilhetes para o festival, já à venda nos locais habituais, custam 50 (passe dois dias). A partir do dia 1 de dezembro, será colocada à venda uma edição especial de passes com o valor de €50, que inclui a oferta de uma t-shirt oficial do festival. Esta edição especial só estará à venda até 31 de dezembro.

Sobre os Arcturus

Os Arcturus foram o primeiro super-projeto a sair do infame movimento black metal norueguês e, desde então, não mais pararam de surpreender com a sua abordagem aventureira e subversiva a um dos géneros com regras mais rígidas no espectro da música extrema. Com o colossal “La Masquerade Infernale” – um dos discos mais marcantes da década de 90 – pegaram na essência do estilo, manipularam-na e saíram do outro lado desta transformação com um híbrido de metal e influências ecléticas, apimentada por uma tendência inata para arranjos complexos e que têm tanto de clássico como de progressivo.
Uma ideia que pode soar demasiado petulante no papel, mas que, na prática, funciona de forma intrigante, com todos os elementos díspares em que se baseia a sonoridade do grupo a caírem no sítio certo, num equilíbrio perfeito que deu origem a álbuns como “The Sham Mirrors”, em 2002, e “Sideshow Symphonies”, em 2005. Depois de um interregno de quatro anos, materializa-se finalmente a reunião do coletivo formado pelo teclista Steinar "Sverd" Johnsen, pelo baterista Jan Axel “Hellhammer” Blomberg, pelos guitarristas Knut Magne Valle e Tore Moren, pelo baixista Hugh Mingay e pelo vocalista ICS Vortex.

Sobre os Textures

De criação mais recente, os Textures formaram-se em 2001 e ganharam rapidamente exposição mediática graças à frescura da música que praticam. “Polars”, o disco de estreia, foi descrito pela revista “Oor” como “o melhor álbum de metal alguma vez saído da Holanda” e a febre espalhou-se – não só na Europa, mas também do outro lado do Atlântico – graças aos dois álbuns que editaram a seguir, “Drawing Circles” e “Silhouettes”.
Apostando na mistura de peso, melodia, brutalidade e técnica, apimentada por uma saudável esquizofrenia a nível rítmico e por uma tendência para a inovação, atualmente são vistos como os líderes do novo movimento extremo holandês. Com digressões ao lado de nomes como Amon Amarth ou Periphery, os Textures não param de crescer – em todos os sentidos. O recentemente editado “Dualism”, quarto disco do colectivo de Tilburg e primeiro com selo da Nuclear Blast, é o melhor exemplo que podiam ter dado de que vão sempre um pouco mais além a cada novo registo que gravam. Ainda mais carregados de balanço, orelhudos e com um som geral mais majestoso, os novos temas mostram que o grupo está no pico na sua forma. Do metalcore aos poli-ritmos, passando por atmosferas envolventes, o sexteto vai a todas, com um à-vontade e uma maturidade que só estão ao alcance de alguns.

Sara Novais