Aaron Taylor-Johnson pode ser um dos finalistas para ser o próximo James Bond.
Após meses de rumores e notícias nos tabloides britânicos a avançar que o ator de 32 anos é mesmo o favorito, é o muito reputado norte-americano Puck News [acesso pago] a revelar que já houve um encontro com Barbara Broccoli e a reunião "correu muito bem".
Em coordenação com o estúdio, a decisão final do sucessor de Daniel Craig como 007 será tomada pela poderosa produtora da saga e o seu meio-irmão Michael G. Wilson, que estão à frente da Eon Productions, responsável pelos filmes desde 1962 e que se mantém uma empresa "familiar", a salvo de qualquer aquisição.
Em várias entrevistas, Michael G. Wilson confirmou que todos os potenciais candidatos fazem uma cena específica do segundo filme, "From Russia With Love", de 1963 ["007 - Ordem para Matar" em Portugal"]: aquela em que o Bond em tronco nu (Sean Connery) encontra a agente soviética Tatiana Romanova (Daniela Bianchi) deitada na sua cama apenas com um colar gargantilha.
O britânico Aaron Taylor-Johnson fez o teste em setembro do ano passado, segundo os tabloides britânicos, e impressionado os produtores com "a sua mistura única de intensidade de representação e o seu impressionante catálogo de filmes de ação".
Em dezembro, terá avançado para uma outra fase, filmando a famosa sequência conhecida como "gun barrel teaser footage", aquela que aparece na fase inicial de todos os filmes onde Bond, de "smoking", se vira para o ecrã e dispara a arma.
O ator britânico entrou recentemente ao lado de Brad Pitt em "Bullet Train". Já foi Quicksilver em "Vingadores: Era de Ultron" (2015) e regressará ao mundo de super-heróis este ano com "Kraven, o Caçador". Exemplo de equilíbrio saudável entre blockbusters e projetos de autor, no seu currículo estão ainda títulos como “Godzilla”, “Animais Noturnos”, “Anna Karenina”, “Nowhere Boy” e "Kick-Ass".
Os prazos ajustam-se: em setembro de 2022, os produtores avisaram que iam começar a procurar o sucessor de Craig, a produção do próximo filme dificilmente arrancaria antes de 2024 e estavam à procura de um ator com "30 e poucos anos" para ser Bond nos próximos 10-12 anos, o que deixava de fora favoritos das casas de apostas e fãs como Idris Elba (50 anos), Tom Hardy (45) e provavelmente Henry Cavill (39), e jovens como Jacob Elordi (25) e Tom Holland (26).
"Tentámos olhar para pessoas mais jovens no passado. Mas tentar visualizar isso não funciona. Lembre-se, Bond já é um veterano. Ele tem alguma experiência. É uma pessoa que passou pelas guerras, por assim dizer. Ele provavelmente esteve no SAS [forças especiais] ou algo do género. Não é um miúdo que saiu do liceu que se pode trazer e começar. É por isso que funciona para 30 e poucos anos", explicou Michael G. Wilson durante um evento organizado pelo British Film Institute para comemorar os 60 anos da personagem no cinema em outubro.
Em setembro, os produtores revelaram que ainda precisam explicar aos possíveis candidatos o que está à volta do papel mais importante de Hollywood: a maioria dos jovens atores acham que querem ser Bond, mas não percebem totalmente o caderno de encargos.
"Muitas pessoas pensam: ‘Ah, sim, seria divertido fazer um’. Bem, isso não vai funcionar", recordava Barbara Broccoli a rir.
A produtora acrescentou que o processo de "casting" não é apenas sobre um ator: "Trata-se de uma reinvenção e 'Para onde vamos?'. O que queremos fazer com a personagem? E depois, quando percebemos isso, quem é a pessoa certa para esta reinvenção específica".
"Com o Craig, quando tivemos a conversa nesta mesma mesa, sobre se ele ia fazer isto, ele disse 'Bem, vou fazê-lo. Quero realmente fazer parte disto, da coisa toda'. E ele viveu para se arrepender", contava Broccoli outra vez a rir.
"Mas trata-se de um grande compromisso. Não é apenas aparecer para dois meses de rodagem", destacou.
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