«Não tenho qualquer desejo de me rever como James Bond. Porque nunca é bom o suficiente. É uma sensação horrivel»: foi esta a resposta que
Pierce Brosnan deu à jornalista Horatia Harrod quando esta lhe perguntou se costumava rever os filmes que protagonizou como 007, numa entrevista de carreira que o ator deu ao «The Telegraph» para promover a estreia da comédia
«Golpe de Amor», em que contracena com
Emma Thompson.

Entre 1995 e 2002, Brosnan interpretou quatro vezes o icónico agente secreto 007, nos filmes
«007 - Goldeneye»,
«007 - O Amanhã Não Morre»,
«007 - O Mundo Não Chega» e
«007 - Morre Noutro Dia», ressuscitando-o para o cinema numa década em que, após a queda do comunismo na União Soviética e os fracos resultados de bilheteira das fitas do seu antecessor no papel,
Timothy Dalton, se pensava que a série já tinha os dias contados.

Apesar dos resultados de bilheteira sempre positivos, o sucesso de crítica só acompanhou Brosnan no primeiro filme, algo que ele já na altura tentava inverter quando defendia junto dos produtores que a série deveria ser assinada por realizadores fortes que já tinham mostrado interesse na série, como John Woo, John McTiernan ou Quentin Tarantino. Essa opção só seria seguida mais a fundo após o espetacularmente bem sucedido «reboot» com
Daniel Craig, com autores prestigiados como Marc Forster e Sam Mendes.

Na entrevista, Brosnan admite que se sentia «numa falha temporal entre o Roger [Mooore] e o Sean [Connery]. Para mim, era um conceito cujo significado era muito difícil de apanhar. A violência nunca era real, a força bruta do homem nunca era palpável. Era muito suave, e a violência nunca tinha uma consequência na realidade, era só superfície. Mas isso também pode ter tido a ver com as minhas próprias inseguranças ao interpretá-lo».

De qualquer forma, Brosnan parece ainda hoje estar agradecido pelos anos em que foi James Bond, algo que o faz sentir-se como «um embaixador de uma pequena nação», sublinhando que esse estatuto de ex-007 «é algo que nunca deixa de dar frutos, que me permitiu criar a minha própria empresa de produção e fazer os meus próprios filmes».

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