Série documental de quatro episódios que aponta os holofotes à Opus Dei, uma instituição secular da Igreja Católica, com sede em Roma, fundada em Espanha em 1928 pelo posteriormente canonizado Josemaría Escrivá de Balaguer, e com uma forte presença em todo o mundo, especialmente em Espanha e na América Latina. O documentário incorpora um arquivo documental, bem como um enquadramento histórico, cultural e social, que nos permite compreender as circunstâncias em que estas mulheres viveram e tomaram as suas decisões.

O relato na primeira pessoa destas treze mulheres conta adolescências que foram levadas a ingressar no Opus Dei e a dedicar-se de corpo e alma ao serviço da “Obra” (como também é conhecida a instituição), bem como a sua posterior saída e rutura total com a organização. Estes são alguns excertos dos seus depoimentos:

“Tínhamos uma longa lista de mortificações diárias. A primeira, o minuto heroico: sai-se da cama, beija-se o chão e diz-se serviam (eu servirei).”

“O cansaço é um truque para tornar-te mais fraca e manipulável.”

“Fomos obrigadas a trabalhar como empregadas domésticas durante muitos anos sem sermos pagas.”

“Quando sais, de repente, ninguém te conhece. 22 anos da minha vida na Opus Dei desapareceram. Os meus documentos não são oficialmente válidos.”

“Conheço muitas pessoas cujas vidas se tornaram miseráveis ​​por causa da Opus Dei depois de terem partido.”

Mònica Terribas, criadora e realizadora do documentário, diz que ele “coloca um espelho diante da Opus Dei e reflete as experiências de mulheres reais que descrevem ter sofrido a violação dos seus direitos e ter recebido abuso psicológico e espiritual dentro da instituição. São vidas reais de mulheres de todas as idades e de países muito diferentes, e que respondem ao mesmo padrão.”