A programação de 2022, data redonda para o Coliseu do Porto, que tem desde 2018 como patrocinador a seguradora Ageas, desenvolve-se em quatro eixos, começando pelo Coliseu lírico e sinfónico, explicou na terça-feira a presidente da sala de espetáculos, Mónica Guerreiro, em conferência de imprensa.

Logo a 4 de março chega “Mátria”, uma ópera portuguesa com libreto de Eduarda Freitas, criada a partir dos “Contos” e “Novos Contos da Montanha” de Miguel Torga e produção de Fernando Lapa.

A Páscoa traz o “Requiem”, de Giuseppe Verdi, num espetáculo que junta cerca de 200 profissionais e que marca a possibilidade de “voltar a fazer estes espetáculos que, durante dois anos, não eram permitidos”, destacou Mónica Guerreiro.

O Dia da Europa, 9 de maio, é celebrado com “Gaudeamus – Alegria para a Europa”, da autoria e direção de António Victorino d’Almeida, um projeto que reúne 30 canções originais com poemas de cada um dos 27 países da União Europeia e do Reino Unido, incluindo um poema gaélico da Irlanda e um flamengo da Bélgica.

As canções serão interpretadas pela solista portuense Ana Maria Pinto, acompanhada por uma orquestra de câmara de 14 elementos.

Para 19 de maio está marcada a primeira audição moderna da opereta “Os Noivos”, a assinalar o bicentenário do nascimento do compositor Francisco de Sá Noronha, numa produção do Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE).

A temporada lírica e sinfónica termina, a 23 de setembro, com a “Tosca”, de Puccini, sob a batuta de José Ferreira Lobo, com encenação de Carlos Avilez, que faz parte, com António Victorino d’Almeida e Vasco Wellenkamp, da “tríade de grandes referências da cultura portuguesa que têm a idade do Coliseu”, destacou Mónica Guerreiro.

Música e outras artes é outro dos eixos da programação, que se caracteriza pelo cruzamento disciplinar, e começa, no dia 14 de abril, com “A Voz e a Alma”, que junta o fadista Hélder Moutinho e a atriz Maria João Luís a dar voz a poemas de João Monge.

A peça de teatro “O Lado Esquerdo”, de Marta Duque Vaz, sobe a palco a 21 de maio, e, a 11 de junho, o pianista e compositor Filipe Raposo regressa para o solo “Obsidiana”, a segunda parte de uma trilogia que começou com “Ocre”.

Há espaço ainda para “AmarAmália”, do coreógrafo Vasco Wellenkamp, o terceiro elemento octogenário que pauta os 80 anos do Coliseu, interpretado pela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo.

Regressam também os cine-concertos com “Heróis do Mar”, em data a confirmar, musicado pela Orquestra Filarmónica Gafanhense, que interpreta a música original composta por Henrique Portovedo.

No eixo “mais inclusivo, mais acessível, com preços calibrados às necessidades das famílias”, que é o Coliseu Descontraído, voltam os Concertos Promenade 2.0, concertos de música clássica comentados e uma componente multimédia, sob a direção artística do maestro Cesário Costa, bem como o ciclo “Quanto mais debates…”, uma iniciativa do ex-jornalista Marcos Cruz que acontece quinzenalmente, a partir de 14 de março, dia em que se discute a culpa, e prossegue com temas como o medo, a beleza, a família, a saúde e a comunicação.

As parcerias são também um importante eixo desta sala, que recebe o Festival Dias Da Dança, o Festival Internacional de Teatro da Expressão Ibérica (FITEI) e O Meu Primeiro FITEI, o Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP), o Family Film Project e o Porto/Post/Doc.

Este ano, o Coliseu recebe também o FalaDura – Festival de Palavras Ditas, o Trengo, Festival de Circo do Porto, e o Porto Cello Festival.

Numa grelha que “resulta de muitos adiamentos de 2021”, cabem também nomes como Capitão Fausto e Moonspell, que celebram, respetivamente, 10 e 30 anos de carreira, Skunk Anansie, Simple Minds, Tindersticks, Kings of Convenience, Martinho da Vila, Lenine ou Leon Bridges.

Há ainda comédia, com destaque para Louis C.K., teatro, como a peça “A Ratoeira”, musicais como “Chicago” e ballet.

Volta também o clássico Circo de Natal do Coliseu, “com uma nova companhia de artistas e diferentes disciplinas artísticas”.

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