A próxima edição do Vodafone Paredes de Coura deveria decorrer de 18 a 21 de agosto deste ano mas foi adiada para 2022 devido a "todas as incertezas e constantes alterações nos procedimentos do regresso dos espetáculos ao vivo", anunciou a organização do evento esta terça-feira nas redes sociais.

"O nosso maior medo tornou-se realidade. Pela segunda vez fomos obrigados a parar", pode ler-se num comunicado partilhado nas redes sociais.

"Não haverá Vodafone Paredes de Coura este ano. Todas as incertezas e constantes alterações nos procedimentos do regresso dos espetáculos ao vivo levam-nos, com muita mágoa, a admitir que que esta é a decisão mais sensata a tomar", refere a promotora Ritmos.

O evento regressa à Praia Fluvial do Taboão de 17 a 20 de agosto de 2022.

Todos os bilhetes adquiridos para as edições de 2020 e 2021 serão válidos para a edição de 2022, assinala a organização. Quem pretender um reembolso, pode pedi-lo de 18 de agosto a 6 de setembro de 2021, através de um formulário criado para o efeito que estará disponível no site oficial do festival.

Paredes de Coura music festival

"Todos os portadores de bilhetes para o Vodafone Paredes de Coura 2021 não têm possibilidade de reembolso no momento, podendo, no entanto, solicitar a sua substituição nos termos legalmente previstos", assinala a promotora.

A Ritmos salienta ainda que sempre que alguém decide manter o bilhete, está “a ajudar toda a comunidade que envolve o festival neste momento tão difícil”.

Pixies, Idles, Jarvis Cocker, Badbadnotgood, Princess Nokia, Slowthai, Floating Points, Alex G, Beabadoobee, Mall Grab, Viagra Boys, Woods, Tommy Cash, Squid e Haai tinham sido confirmados para a edição de 2021. A organização não revelou que artistas constarão do cartaz da edição de 2022.

Por causa das restrições para limitar a propagação da COVID-19, pela situação pandémica noutros países, pelos diferenciados ritmos de vacinação e pela falta de clarificação das regras de realização deste tipo de eventos, este ano foram já adiados vários festivais de música, entre os quais o ID No Limits e o EDPCoolJazz (ambos em Cascais), o NOS Alive (Oeiras), o Rock in Rio Lisboa, o Super Bock Super Rock (Sesimbra), o Bons Sons (Tomar), o NOS Primavera Sound (Porto), o Boom Festival (Idanha-a-Nova), o Barroselas Metalfest, o Músicas do Mundo de Sines, o Gouveia Art Rock, o Rolling Loud (Portimão), o Sumol Summer Fest (Ericeira, Mafra), o Amplifest (Porto), o Lisb-ON (Lisboa) e o EDP Vilar de Mouros (Caminha).

Até agora, continuam ainda marcados vários festivais, nomeadamente o festival MEO Sudoeste (Odemira), em agosto.

Pelo país estão a ser anunciados outros eventos, de pequena escala, e feitos sobretudo com música portuguesa, como o Festival das Artes QuebraJazz, em Coimbra, o Festival Artes à Vila, no Mosteiro da Batalha, o Oeiras Valley e o Música no Parque, em Cascais.

Entre abril e maio foram realizados quatro eventos-piloto em Braga, Coimbra e Lisboa, com plateia sentada e em pé, e com a realização prévia de testes de diagnóstico, gratuitos, aos espectadores, em colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa.

O objetivo destes eventos era definir, segundo o Governo, “novas orientações técnicas e a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 para a realização de espetáculos e festivais”.

Mais de um mês depois, não foram ainda divulgadas as conclusões desses eventos-piloto, porque está ainda a ser feita a correspondência de dados de identificação dos espectadores, que se submeteram ao teste de diagnóstico.

A Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) disse à agência Lusa, na semana passada, que tinha sido informada de que teria havido “um problema informático” com os dados dos espectadores que participaram nos eventos-piloto.

Na mesma altura, a Associação Portuguesa Festivais Música (Aporfest) lamentou, em comunicado, que os eventos-piloto tenham sido uma “perda de tempo”, e disse ter sido surpreendida, 45 dias depois da sua realização, com um “problema técnico” na gestão dos dados.

Dias depois, a Direção-Geral da Saúde, numa declaração enviada à agência Lusa, afirmou que “os trabalhos de monitorização de potenciais casos de infeção de SARS-CoV-2, após a assistência aos eventos culturais piloto de abril e maio, estão ainda em conclusão”.

Para concluir a monitorização, “é necessário fazer corresponder a informação de identificação que foi utilizada para aceder aos eventos com o número de utente do Serviço Nacional de Saúde, o que torna o processo mais demorado”, admitiu.

Fonte da DGS disse à agência Lusa que a demora não se deve a qualquer erro técnico ou informático.

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