No prefácio, a escritora realça que, neste romance, "Namora elege muitas vezes os pés. Em diversas ocasiões no curso da narrativa os pés são trazidos para primeiro plano", o que não será por acaso, "o romance é habitado por gente habituada a olhar para baixo, olhos abatidos, 'murchos de toupeira', humilhados, acobardados e espezinhados, em suma".

Neste romance, refere a escritora, "cruzamo-nos com pés descalços", "a gente que habita o romance de Namora está afeita a chafurdar os pés na imundice, e a arrastá-los nos picos rochosos das veredas".

Esta é a 14.ª edição do romance, a primeira pela Caminho que decidiu, em 2017, reeditar a obra do escritor-médico, que escreveu "A Noite e a Madrugada" "baseado nas vivências observadas" por si, quando praticava medicina nas aldeias da raia, "em que a única coisa que distinguia o homem dos bichos era a dignidade do primeiro. Mas até dessa o pretendiam privar...".

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