Vinte e cinco anos após a estreia de “Titanic”, o realizador do filme, James Cameron, preparou um documentário em que procurava explicar cientificamente que era impossível Jack Dawson ter sobrevivido.

“Titanic: 25 Years Later with James Cameron” ["Titanic: 25 anos mais tarde com James Cameron"] chega à National Geographic no domingo, mas os resultados de testes foram antecipados no programa Good Morning America esta quinta-feira.

Cameron pretendia terminar "de uma vez por todas" com o debate e as reclamações dos fãs desde a estreia do filme sobre a cena onde Rose (Kate Winslet) não arranjou espaço para que Jack (Leonardo DiCaprio) subisse para o pedaço da porta de madeira que salvou a sua vida, acabando este por morrer e afundar-se nas profundezas do mar.

Embora tenha explicado em inúmeras ocasiões que a morte era necessária por razões artísticas ("Se ele tivesse vivido, o fim do filme teria sido inútil. O filme é sobre morte e separação, ele tinha de morrer"), o realizador quis provar cientificamente que era impossível a personagem sobreviver, recriando a jangada improvisada para fazer uma "análise forense exaustiva" com um especialista em hipotermia.

"Usámos dois duplos que tinham a mesma massa corporal da Kate e Leo e colocámos sensores por toda a parte. Colocámo-los em água gelada e testámos se estes poderiam ter sobrevivido através de vários métodos e a resposta foi que não havia forma de ambos sobreviverem. Apenas um poderia sobreviver", sublinhou em dezembro à margem da promoção no Canadá do seu novo filme "Avatar: O Caminho da Água".

No entanto, as imagens conhecidas esta quinta-feira dos testes mostram resultados menos conclusivos.

A REPORTAGEM.

Num primeiro teste, "Jack e Rose conseguem subir para cima da jangada", mas esta não aguenta com o peso e ficam "submersos em níveis perigosos de água gelada", narra o realizador. Portanto, morreriam os dois.

A seguir, os duplos colocaram-se na jangada numa posição em que deixavam a parte superior dos corpos e respetivos órgãos vitais fora da água, aumentando as possibilidades de sobrevivência: "Fora da água, o tremor violento [do corpo] estava a ajudá-lo" e "projetando isso, ele poderia ter feito isso durante muito tempo. Tipo, horas".

Só que esta encenação não levava em conta a exaustão das personagens, pelo que os duplos recriaram no teste final a sequência de eventos que se vê no filme até chegarem à porta, incluindo a presença de um terceiro passageiro que agarra Rose para se manter à tona.

E acrescentaram algo que não se vê na versão final: Rose dá a Jack o seu colete para aumentar a proteção.

"Ele está estabilizado. Chegou a um momento em que, se tivéssemos projetado isto, poderia ter conseguido sobreviver até chegar o salva-vidas", admite Cameron.

Mas o vídeo parece captar uma expressão "contrariada" do realizador com o resultado, que lá acrescenta: "O Jack poderia ter sobrevivido, mas existem muitas variáveis. Acho que a sua forma de pensar foi 'Não vou fazer o que quer que seja que a coloque em perigo' e isso é o seu caráter a 100%".

Ou seja, Jack nunca aceitaria o colete.

Mas como dizem no fim da reportagem a rir os apresentadores do Good Morning America: "Portanto, não há uma resposta definitiva depois de tudo isto".

Para festejar os 25 anos, "Titanic" vai ser relançado nos cinemas portugueses a 9 de fevereiro numa versão remasterizada em 3D 4K HDR e com uma velocidade mais rápida do que os 24 fotogramas por segundo.

O NOVO TRAILER.

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