Robert Downey Jr. respondeu às polémicas declarações do cineasta Quentin Tarantino sobre uma 'Marvelização' de Hollywood onde as personagens dos super-heróis é que são as estrelas de cinema e não os atores que as interpretam.

Embora se tenha retirado com "Vingadores: Endgame" em 2019, o ator continua a ser uma das estrelas mais associadas ao Universo Cinematográfico [MCU, na sigla original] porque tudo começou com a estreia do primeiro "Homem de Ferro" em 2008.

"Acho que estamos num tempo e lugar para os quais contribuí involuntariamente, onde a IP [propriedade intelectual] tem precedência sobre os princípios e a personalidade", reconheceu numa entrevista à publicação Deadline, referindo-se à sua contribuição para o cinema dos super-heróis se ter tornado a grande prioridade de Hollywood.

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Mas Downey Jr. acrescenta que "é uma faca de dois gumes" pois essa IP só sai valorizada se for representada pelo talento certo tanto à frente como atrás das câmaras.

A seguir, diz que estes debates à volta do MCU são inúteis e não vale a pena virar uns contra os outros em Hollywood: "Criativamente, acho que é uma perda de tempo estarmos em guerra com nós mesmos. Acho que este é um momento em que tudo está muito mais fragmentado, em que se existe uma espécie de bifurcação. Atirar pedras para um lado ou para o outro...".

Embora reconheça que já se chateou no passado com este tipo de críticas e debates que achava que o atingiam na sua integridade, o ator diz estar numa fase em que acha que é melhor seguir em frente e pensar que há espaço para todo o tipo de filmes,  com os maiores a ajudarem a abrir caminho para outros menos mediáticos.

"Somos todos uma comunidade. Há espaço suficiente para tudo, e graças a Deus por 'Top Gun: Maverick' e 'Avatar: O Caminho da Água'. É só isso que quero dizer. Precisamos das grandes produções para abrir espaço para filmes como 'Armageddon Time'", argumentou.